Cidade institui piloto de ressocialização do agressor
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, por meio do Centro Municipal de Referência da Mulher, responsável pelo enfrentamento da violência doméstica contra as mulheres no município, articulou a implantação do “Projeto Meu Novo Amanhecer” em parceria com o Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública.
O projeto conta com a participação do psicanalista voluntário, Ricardo Marcelino, que abraçou a iniciativa de imediato e muito tem contribuído no desenvolvimento das ações de prevenção. Assim, o juiz encaminha o agressor doméstico para o programa de ressocialização, cujas sessões ocorrem na sede da Defensoria com a coordenação logística do Centro da Mulher.
A Lei Maria da Penha obriga o agressor doméstico a participar de programas de reeducação e de ressocialização. Trata-se de uma estratégia para reduzir a violência em sua raiz, mudando as crenças e comportamentos que levam o homem a agir dessa forma.
Hoje os dados evidenciam que a reeducação ou ressocialização do homem que cometeu agressão tem um papel importante na redução da reincidência da violência contra as mulheres.
“Esse programa, em um primeiro momento, abrange os agressores reincidentes tendo por finalidade interromper o ciclo da agressão, prevenindo casos mais graves como feminicídios. A intenção é que por meio da frequência nas sessões de terapia haja redução da reincidência, oportunizando ao reeducando melhor convívio social e familiar, atenuando riscos e danos para todas as mulheres. Convém ressaltar que se trata de um projeto piloto que tem por meta ser aprimorado e transformado em política pública municipal”, conclui a secretária da pasta, Wania Lombardi.