Marília faz parte de 2% dos municípios com ‘nome limpo’
O percentual de municípios brasileiros com o “nome sujo” no Cauc (Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias) atingiu recorde no começo de abril e atinge 98% das prefeituras do país.
Marília, ao contrário da grande maioria das cidades, não está nesta lista desde o segundo semestre de 2017, ainda no primeiro ano da administração Daniel Alonso (PSDB).
“Estive em Brasília recentemente e inclusive algumas autoridades perguntaram o que a nossa administração fez para conseguir chegar neste estágio”, disse Levi Gomes, secretário da Fazenda de Marília.
Os dados foram divulgados ontem pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) e mostram que 5.452 municípios estão negativados em pelo menos um dos 15 itens de obrigações exigidos pelo governo federal – ou seja, apenas 116 estão com as prestações de conta em dia.
Marília, para ser mais exato, possui 14 dos 15 itens aprovados em consulta feita recentemente. Somente um item, – Relatório Resumido de Execução Orçamentária – ainda está sob análise.
O número de cidades nessa situação é recorde, segundo a entidade. O sistema Cauc funciona como uma espécie de serviço de proteção ao crédito, similar ao que ocorre nos serviços que incluem pessoas físicas.
“O sistema capta os dados das outras instituições e, depois de obtido o dado de regularidade ou pendência, reúne todas essas informações no extrato”, informa a CNM.
Investimentos
Estar com o nome no Cauc, representa, na prática, dificuldade em conseguir financiamentos, convênios, emendas parlamentares, verbas para obras que estão andando e as que estão paralisadas e precisam ser retomadas, entre outros entraves.
No entanto, Marília não sofre mais com essa problema, pelo menos por enquanto.
“Estamos com financiamentos aprovados pelo Banco do Brasil e Caixa. Temos R$ 15 milhões para troca da iluminação da cidade, R$ 25 milhões para investimentos na modernização e informatização do município, além de toda a verba necessária para a finalização das obras do esgoto em Marília”, disse Levi ao MN.
“Tudo isso não acontecia no passado, o dinheiro só chega porque nós temos o nome limpo na praça”, finalizou o secretário.