Marília deve receber doses da Janssen a partir desta semana
Marília deve receber, a partir deste fim de semana, vacinas da farmacêutica Janssen, que oferece imunização com dose única contra a Covid-19. A informação é da Secretaria de Estado da Saúde, que promete a distribuição do fármaco às 645 cidades paulistas já nos próximos dias. O imunizante é o quarto no Brasil e o primeiro com apenas uma etapa para a vacinação completa.
Em nota encaminhada a pedido do Marília Notícia, a pasta da Saúde do Governo do Estado de São Paulo afirma que “as equipes técnicas trabalham no preparo das grades das vacinas da Janssen e a distribuição deve começar neste final de semana às 645 cidades de SP.”
No início da tarde desta sexta-feira (25), no entanto, a Prefeitura de Marília havia informado que ainda não tinha previsão para o recebimento das doses da Janssen. Assim que for comunicada de forma oficial a grade, deve ser organizada a nova ação de vacinação incluindo o novo composto.
Atualmente, o município atende – com primeira dose – pessoas com 43 anos ou mais. Neste sábado (26), está prevista a aplicação de 3,9 mil doses de vacinas contra a Covid-19, no ginásio da Universidade de Marília (Unimar), mediante agendamento, das farmacêuticas Pfizer e Coronavac.
COMPRA E DOAÇÃO
O Brasil recebeu apenas 1,5 milhão do contrato de 38 milhões de doses em aquisições da multinacional – braço farmacêutico do grupo Johnson & Johnson. A maior parte das vacinas que chegaram ao país nesta semana são doações do governo norte-americano.
O primeiro lote, com 1,5 milhão de doses – antecipação de contrato – chegou ao Brasil na terça-feira (22). Nesta sexta-feira (25), pela manhã, aterrissou no aeroporto de Viracopos um avião com novo carregamento, contendo mais duas milhões de doses do imunizante, também resultado de doação.
Neste sábado (26), está prevista a entrega de mais um milhão de doses, perfazendo as três milhões de vacinas doadas pelos EUA. Antecipações das remessas da vacina adquirida pelo Ministério da Saúde ainda são negociadas.
BRASIL NOS ESTUDOS
O imunizante teve estudos conduzidos no Brasil no ano passado. Foram sete mil voluntários, em dez estados e no Distrito Federal.
A vacina recebeu autorização de uso no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 31 de janeiro, mas foi comprada pelo Ministério da Saúde somente no mês de março.
A previsão inicial era a entrega de 16,9 milhões de doses no 3º trimestre e outras 21,1 milhões de doses no quarto trimestre de 2021.
Apesar da popularidade das vacinas, que têm seus nomes e até informações de fabricante conhecidas por grande parte da população, a recomendação dos imunologistas é que as pessoas não façam seleção de vacinas. A variação de eficácia não justifica o risco de “esperar, para ter, supostamente, mais proteção”.
O processo de vacinação – para erradicar um vírus – começa com a adesão individual, mas o resultado final [desejado] depende da coletividade.
CORONAVAC/BUTANTAN
Primeiro imunizante a chegar no Brasil. Resultado entre a parceira do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac. O esquema é de duas doses iguais, com intervalo entre duas e quatro semanas. A dose tem 0,5 mL.
ASTRAZENECA/FIOCRUZ
Desenvolvida pela britânica-sueca AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina é produzida no Brasil pela Fundação Fiocruz. O esquema é de duas doses iguais, com intervalo entre quatro e doze semanas. Cada dose tem 0,5 mL.
PFIZER/BIONTECH
O volume é menor: 0,3 mL por dose. A vacina da Pfizer exige duas doses iguais, em intervalo maior ou igual a três semanas. Chegou ao Brasil apenas neste mês.
JANSSEN/CILAG
Produto 100% importado, produzido pela Johnson & Johnson. Se destaca pelo diferencial da dose única, de 0,5 mL. Porém, só agora começa a chegar no país.