Marília confirmou 29 casos de Covid-19 em um mês
A Secretaria de Saúde de Marília contabilizou novos 29 casos positivos para Covid-19 na cidade em um mês, entre 21 de abril e 21 de maio. O aumento no período foi de 11 pacientes confirmados para a doença para 40.
A escalada na quantidade de casos entre marilienses representa um aumento de quase 250% no período. Somente desde o começo da semana passada são 14 novas ocorrências.
Um fator importante é que a quantidade de testes também tem aumentado, mas não se descarta uma grande subnotificação.
Vale lembrar que o município acaba de contabilizar dois meses de vigência do decreto municipal de calamidade pública.
O primeiro caso confirmado de Covid-19 na cidade foi anunciado no dia 31 de março, depois de já estarem fechadas lojas e serviços não essenciais.
Até agora a Vigilância Epidemiológica vinha conseguindo traçar as ligações entre os novos casos positivos e os locais prováveis de transmissão. No entanto, esse importante trabalho tem ficado cada vez mais difícil.
Em dois casos positivos recentes as pacientes não sentiram qualquer sintoma da doença e não se sabe exatamente quando elas foram infectadas, no entanto em entrevista à Vigilância Epidemiológica ao menos uma delas disse que esteve em local de intensa transmissão nas últimas semanas.
Elas foram testadas por conta da necessidade de um procedimento médico, em um caso, e em decorrência de exigência para contratação, no outro. Não fosse por isso, talvez nem ficassem sabendo que já possuem o anticorpo referente ao vírus.
A investigação por mais informações ainda continua, mas uma delas esteve, por exemplo, em Bauru (distante 108 quilômetros de Marília) nas últimas semanas – onde pode ter se contaminado. Naquela cidade, até esta quarta-feira (21) eram 227 pessoas confirmadas para o novo coronavírus e 12 vítimas fatais também com positivo.
Por enquanto, Marília contabiliza apenas um óbito confirmado para Covid-19 e nenhum outro caso de morte sob suspeita.
Enquanto é possível conhecer “o caminho” das transmissões, pode se considerar que elas estão de certa forma controladas – ou seja, não existe uma contaminação completamente disseminada no município.
No entanto, todo o Estado de São Paulo – assim como o restante do país – já é classificado como em transmissão comunitária.