Marília conclui levantamento sobre infestação do Aedes
A Divisão de Zoonoses, da Secretaria da Saúde de Marília, está concluindo a realização do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (Liraa) por todas as regiões da cidade nesta sexta-feira (21).
O resultado do Liraa, realizado ao longo deste mês de janeiro, é esperado para a semana que vem, mas o prazo oficial para que a digitação dos dados seja concluída – e os números lançados no sistema – vence apenas no dia 10 de fevereiro.
O levantamento vai apontar o Índice Predial atual na cidade, que indica o percentual de imóveis com a presença de larvas do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
O Ministério da Saúde considera que índices inferiores a 1% indicam “condições satisfatórias” e de 1% a 3,9% é considerada “situação de alerta”. Quando acima de 3,9%, a infestação representa “risco de surto de dengue”.
Fontes da Secretaria da Saúde do município, ouvidas pela reportagem do Marília Notícia, acreditam que dificilmente esse percentual ficará abaixo de 1% desta vez. O período de chuvas tende a favorecer pontos de água parada que servem de criadouros para o Aedes.
O último levantamento do tipo foi realizado em outubro e revelado com exclusividade pelo Marília Notícia.
Aquele foi o primeiro Liraa desde o começo da pandemia e foram encontradas larvas em 2,13% dos prédios vistoriados. Em algumas regiões da cidade, o indicador foi ainda maior – de 2,75% até 2,90%.
Como o MN mostrou ainda nesta semana, em 2021, o município registrou o maior número de casos de dengue desde 2015.
De janeiro a dezembro do ano passado, a cidade teve uma epidemia com 2.940 pessoas contaminadas pela doença – média superior a 56 casos por semana.
Autoridades em saúde acreditam que a epidemia pode ter sido ainda maior, mas – em ano de severa pandemia de Covid-19 -, muitas pessoas podem ter deixado de receber o diagnóstico.