Marília celebra 94 anos com avanços e obstáculos
Marília completa hoje 94 anos, com motivos diversos para comemorar. Ainda assim, o município também conta com vários desafios pela frente. Ao longo dos últimos anos, a cidade alcançou colocações de evidência em importantes indicadores, com destaque para o primeiro lugar no ranking nacional de Responsabilidade Social para os municípios de médio porte. Paralelo ao crescente desenvolvimento, Marília vive período conturbado na saúde, com série de reclamações.
Conhecida como “Capital Nacional do Alimento”, título pelo grande número de indústrias voltadas ao setor alimentício, Marília é regularmente tomada – principalmente, em alguns bairros – pelo doce aroma de biscoitos e chocolates por diversas vezes ao longo do dia e noite. Atualmente são mais de 1.000 empresas do tipo, sem contar outras gigantes de diversos outros segmentos, inclusive tecnologia da informação.
A cidade teve o seu nome inspirado na obra “Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga. O município é formado pela sede e distritos de Amadeu Amaral, Avencas, Dirceu, Lácio, Padre Nóbrega, Rosália e Fazenda do Estado.
INDICADORES
No ano passado, Marília foi classificada na 51ª posição na 7ª edição do Ranking das Cidades Amigas do 5G, estudo que identificou entre os 155 maiores municípios brasileiros, aqueles que mais estimulam a oferta de serviços de telecomunicações no país. Foi a primeira vez que a cidade conseguiu pontuação para entrar na pesquisa, que começou a ser feita em 2016.
Já o Ranking Connected Smart Cities, estudo desenvolvido pela Consultoria Urban Systems, a pedido da revista Exame, colocou Marília em 95º lugar do Brasil, levando em consideração apenas cidades entre 100 mil e 500 mil habitantes, para avaliar o conceito de Cidade Inteligente.
O estudo apontou que, entre as cidades da região Sudeste do país, que abrange os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, Marília ocupa a 91ª posição. A nota conquistada pelo município foi 3,488 em Tecnologia e Inovação, 4,648 em Saúde e 5,877 em Governança.
No Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades, Marília ocupou apenas a 1.225ª posição do ranking nacional, com 51,90 pontos. Levando em consideração apenas as cidades do Estado de São Paulo, o município ficou em 567º lugar. Os municípios são classificados pela pontuação geral, que mede o progresso total para o cumprimento de todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).
A cidade fez parte do ranking das 100 cidades que em 2021 tiveram as maiores despesas com saúde do país, divulgado no ano passado, no “Anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil”, elaborado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
Marília ocupou a 100ª posição no ranking de despesas com saúde em 2021, desembolsando o valor de R$ 281.390.314,03. No ano anterior, a cidade ocupava a 99ª colocação na lista, mesmo com despesas menores, num total de R$ 259.356.775,59.
A cidade ficou ainda em primeiro lugar entre as cidades de médio porte no ranking nacional de Responsabilidade Social, divulgado pela respeitada revista Isto É. Trata-se de uma ampla e precisa análise dos municípios brasileiros, que se destacam no leque de indicadores que incluem área fiscal, econômica, social e digital.
BURACOS
O ano de 2023 começou com muita reclamação dos marilienses pelos inúmeros buracos espalhados por diversos bairros e regiões da cidade.
Como resposta ao problema, a Prefeitura determinou que a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Marília (Codemar) promovesse um sistema de mutirão na operação tapa-buracos.
Apesar de ter começado em fevereiro, os buracos ainda atrapalham a vida dos motoristas marilienses.
PRESSÃO NA SAÚDE
Com a promessa de atendimento de excelência e acolhimento humanizado, a nova gestão terceirizada do Pronto Atendimento (PA) da zona Sul de Marília não tem funcionado de maneira satisfatória aos usuários.
Após menos de dois meses do novo comando, a realidade é bem diferente, o que tem irritado a população e causado problemas inclusive para os funcionários que trabalham no local.
A demora no atendimento tem sido a principal reclamação da população, que tem enfrentado um longo período de espera para ser recebida pelos profissionais da saúde.
A assessoria da Associação Beneficente Hospital Universitário (ABHU), nova gestora do PA, assume que a unidade e a UPA da zona Norte têm enfrentado a superlotação, principalmente nos casos pediátricos, que apresentaram grande crescimento nos primeiros meses do ano.
O Complexo HCFamema também vive momento de grande disputa nos bastidores. Alvo de denúncias da deputada estadual Dani Alonso (PL) por suposta irregularidade no comando da instituição, a gestão é defendida pelo deputado estadual Vinicius Camarinha (PSDB). Ambos buscam influência no comando do Hospital das Clinicas.
EDUCAÇÃO
Na área da Educação, a administração municipal anunciou recentemente a construção de duas novas escolas na zona Norte, em investimento que deve passar dos R$ 11 milhões.
Além das novas unidades da rede municipal, várias escolas têm recebido melhorias, como reformas de adequação e ampliação dos serviços.
Como resultado, no ano passado, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de Marília ficou em 6,5, superior à média do país (5,9) e do Estado de São Paulo (6,3).
RADARES
Marília ainda vive a perspectiva do início de funcionamento dos radares em Marília.
A partir do dia 5 de abril será iniciada a sinalização de todos os pontos, com os equipamentos que aplicam multas para quem excede a velocidade.
O funcionamento efetivo dos dispositivos está previsto para ocorrer a partir do próximo dia 17 de abril.