Marília cai no ranking de gestão fiscal da Firjan em último ano de Daniel

O novo estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado nesta quinta-feira (18) com base em dados de 2024, mostra que Marília caiu no ranking do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF). A cidade ocupa agora a 3.768ª posição no cenário nacional e a 527ª no ranking estadual, com nota 0,5379, o que a coloca na faixa de “gestão em dificuldade”.
No levantamento anterior, referente a 2023, Marília estava na 3.453ª colocação nacional e na 516ª no Estado, com índice de 0,5286. Ou seja, houve uma leve melhora no indicador, mas não suficiente para que o município deixasse a zona de dificuldade.
O IFGF é composto por quatro critérios: autonomia, gastos com pessoal, liquidez e investimentos. Marília atingiu nota máxima em autonomia (1,0000) e em gastos com pessoal (1,0000), o que indica que a cidade arrecada o suficiente para manter sua estrutura administrativa e não compromete em excesso o orçamento com a folha de pagamento.

Por outro lado, o município zerou no quesito liquidez (0,0000), evidenciando que não mantém recursos em caixa para honrar obrigações de curto prazo. Além disso, registrou desempenho crítico em investimentos, com apenas 0,1518, um dos piores índices da série histórica.
Evolução histórica
A análise das últimas edições do IFGF mostra que Marília tem oscilado ao longo dos anos. O melhor desempenho foi em 2020, quando a nota chegou a 0,6518, colocando o município na faixa de “boa gestão”. Desde então, o índice recua e se mantém na zona de dificuldade.

Em 2013, a cidade registrava apenas 0,3711 (gestão crítica). De 2014 a 2018, houve avanços graduais, culminando no salto em 2019 (0,6258) e no pico de 2020. Depois disso, os números caíram, principalmente em razão da baixa capacidade de investimento e da falta de liquidez.
No Estado de São Paulo, a média do IFGF em 2024 foi de 0,6862, bem acima da nota de Marília. Quase 74% das cidades paulistas encerraram o ano em situação fiscal boa ou excelente, enquanto Marília ficou novamente entre as que enfrentam dificuldades.
Os dados evidenciam que, apesar de manter equilíbrio em arrecadação e gastos com pessoal, o município não consegue ampliar sua capacidade de investimento nem garantir folga no caixa. Esse quadro compromete tanto a modernização da cidade quanto a melhoria dos serviços públicos.
