Marília adota ferramenta pedagógica que transforma experiências de alunos autistas

Com o início das festas juninas nas escolas, a Secretaria Municipal da Educação adotou uma ação pedagógica inclusiva voltada a crianças autistas: a História Social dedicada à Festa Junina. A ferramenta tem como objetivo oferecer previsibilidade, reduzir a ansiedade e facilitar a participação dessas crianças nas celebrações típicas.
Segundo a secretária da pasta, Rosemeire Frazon, o material foi desenvolvido com recursos visuais para ajudar os alunos a compreenderem como será o evento, tornando a experiência mais segura, tranquila e prazerosa. “Buscamos tornar a festa inclusiva e agradável para todos”, explicou.
Para Michele Nunis, mãe de dois alunos da Emef Professor Reny Cordeiro, a ação foi fundamental para que os filhos pudessem participar da festa. “A História Social nos ajudou a entender o contexto e a rotina do evento. Foi uma atitude simples, mas que gerou um grande impacto. Nos sentimos acolhidos e incluídos”, afirmou.

Camila Aparecida Fonseca, mãe de criança autista e presidente da Associação de Mães de Autistas e Neurodivergentes de Marília (Amandim), também destacou a relevância da iniciativa. “A História Social prepara a criança, reduz a ansiedade e melhora o comportamento. Isso facilita muito a vida das famílias e promove de fato a inclusão.”
A História Social, conforme definição da consultora educacional Carol Gray, é uma ferramenta que promove a troca segura e significativa de informações com pessoas com autismo. Seu uso em ambientes escolares já é prática reconhecida para favorecer o desenvolvimento social e emocional de alunos neurodivergentes.