Marcos Farto ignora saída de Bolsonaro e diz que fica no PSL

Marcos Fartos (PSL) é o presidente da diretoria provisória do partido em Marília (Foto: Arquivo MN)

O policial militar da reserva e consultor de trânsito Marcos Farto, que após disputa conquistou a chefia do Partido Social Liberal (PSL) em Marília, afirmou que não vai deixar a legenda, mesmo com a saída anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Eu continuo apoiador do Bolsonaro, concordo com algumas coisas que ele faz, mas não concordo com tudo”, disse em entrevista ao Marília Notícia nesta quarta-feira (13).

“Pelo bem de Marília preciso ficar no PSL para buscar recursos para a cidade. O partido tem 15 deputados estaduais em São Paulo, não podemos abrir mão dessa representatividade”, falou Farto.

Em sua análise, a nova sigla que Jair Bolsonaro pretende criar – chamada provisoriamente Aliança pelo Brasil – ainda não tem garantida uma representatividade parlamentar, o que seria ruim do ponto de vista local.

Sobre as críticas do presidente ao PSL, Farto diz concordar em partes. Por exemplo, nos pedidos de mais transparências das contas nacionais da sigla. Polêmicas envolvendo candidatas fantasma resultaram em denúncia contra ministros.

Mesmo ficando no partido, Farto foi questionado se faria parte da ala bolsonarista ou do chefe nacional do partido, Luciano Bivar. O dirigente mariliense do PSL preferiu não se posicionar, mas disse que fica “do lado de Marília”.

Vale lembrar que o PSL hoje possui a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados e com isso é dono de uma fortuna milionária que poderá ser aplicada nas eleições do ano que vem.

Ainda é motivo de incerteza a eventual divisão dos recursos partidários com a saída de Bolsonaro e possivelmente alguns deputados federais.