Maior serial killer brasileiro se torna youtuber
Pedrinho Matador, livre há sete meses após cumprir pena de 42 anos por mais de 100 assassinatos, está conseguindo sucesso no YouTube, onde mantém um canal de comentários sobre investigações criminais. O canal já conta com mais de 35 mil inscritos e foi fundado por Pedrinho e seu amigo de longa data, Pablo Silva, que faz a produção dos vídeos, escolhe os temas a serem comentados e compra roupas para Pedrinho. “A ideia surgiu para mostrar o lado positivo do Pedro, que muitas pessoas não conhecem. Não imaginava que fosse chegar tão longe”, diz Pablo.
Os crimes comentados por Pedrinho são aqueles que recebem atenção da população. Ele já comentou a agressão praticada por um segurança do Carrefour que levou uma cadelinha à morte, o caso do assassinato do jogador de futebol Daniel e também a morte da estudante Rayane Alves.
Pedrinho também usa o canal para alertar seus seguidores sobre os riscos da vida de criminoso. Ele se irrita com comportamentos que vão contra seu código de conduta, como depredação de pontos de ônibus, andar de skate pelas calçadas, desrespeitar pessoas mais velhas ou mesmo mentir para os pais sobre onde vão. “Vejo isso tudo com os meus olhos. Não é só a droga que atrapalha a vida das pessoas”.
Pedrinho tenta espalhar mensagens positivas, mas muitos o criticam. Sobre os haters, ele declara: “Eu dou risada. Esses caras são todos burros para caramba, não param para pensar no que falam. Por onde passei, eles não passam nem que a vaca tussa. Em vez de chegar na gente e conversar, saber quem é a pessoa, ficam falando abobrinhas”.
A fama, entretanto, nem sempre é benéfica. Pedrinho sente vergonha ao ser reconhecido na rua. “Até corro, me escondo. A pessoa chega e diz ‘eu te conheço de algum lugar’. Falo ‘eu não, você está enganado’. Mas alguns são cara dura e chegam, daí tiram foto”, revela.
O assédio sobre o célebre criminoso provavelmente ainda vai aumentar. Um documentário sobre a vida de Pedrinho Matador está sendo produzido pela agência Dublês & Atores. O diretor Bruno Santana leva o assassino aos locais onde os crimes foram cometidos por ele, buscando relatos ainda inéditos para o público. O documentário deve ser disponibilizado em meados de fevereiro de 2019.
Fonte: Canaltech