Mãe reclama de suposto trote aplicado em alunos na Etec
A mãe de um aluno da Escola Técnica Estadual (Etec) Antônio Devisate, de Marília, que não quer ter seu nome revelado, diz que nas últimas semanas seu filho sofreu um trote promovido por estudantes mais velhos dentro das dependências da instituição educacional.
De acordo com ela, seu filho teria sido “induzido a se vestir de mulher”. O garoto, porém, teria se recusado a tirar fotos e dançar. Por isso, outros alunos o teriam hostilizado, segundo a mãe.
“Sou uma mãe revoltada, meu filho foi induzido a se vestir de mulher para um trote que os alunos mais velhos aplicam nos novos alunos dentro da própria escola. Deixo meu filho na escola para que ele estude e não para ser educado sobre opção de gênero”, diz.
A denunciante também diz que ao se queixar com funcionários da Etec, obteve como resposta que se trataria de uma “tradição que ocorre todo ano com alunos do Ensino Médio”.
“Ou seja no ano que vem novamente irão induzir adolescentes do sexo masculino de 14 ou 15 anos a se vestir, agir e dançar como de mulher”, diz a mulher.
Etec
O diretor da Etec Benedito Goffredo afirmou ao Marília Notícia que não se trata de um trote. “Nosso trote aqui é o trote chamado solidário, com arrecadação de alimentos para entidades assistenciais”, diz ele.
O que alguns alunos teriam feito, de acordo com Goffredo, “na semana do carnaval ou próximo dela”, teria sido uma “brincadeira entre eles”.
“Meninos vestidos de menina e por aí a fora, mas de forma absolutamente livre, sem nenhuma obrigatoriedade de nada. Foi apenas uma brincadeira e sempre muito livre, ninguém é obrigado a nada”, completa.
O diretor também fala que não recebeu nenhuma queixa formal sobre o tema.
“Temos as nossas normas complementares de convivência que deixa muito claro, respeito às diferenças, de qualquer natureza, e liberdade com responsabilidade”, afirma Goffredo.