Mãe implora por medicação para filha que sofreu acidente em escola
A mãe da cadeirante Melissa Iraci Brito de Paula, de oito anos, fez um apelo nas redes sociais para conseguir os medicamentos que sua filha precisa. A criança sofreu um acidente dentro da escola municipal em maio deste ano e quebrou os dois fêmures.
Thaisy Garcia escreveu em sua página do Facebook que a criança precisa de uma medicação que vem dos Estados Unidos e duas ampolas custariam R$ 40 mil.
“Seu prefeito ajuda meus filhos, pois todos os acidentes foi na escola da Prefeitura. Tenha consciência, você também é pai”, escreveu a mulher.
“Salva a vida dos meus filhos, aqui é uma mãe desesperada”, completou.
A publicação viralizou e se aproxima dos 300 compartilhamentos. São dezenas de comentários solidários à criança.
Thaisy entrou com uma ação em nome de sua filha contra a administração municipal pedindo R$ 200 mil por danos morais.
O juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, da Vara da Fazenda Pública, no entanto, decidiu fixar o valor da condenação em R$ 40 mil. A sentença assinada na semana passada acaba de ser disponibilizada nesta segunda-feira (18).
A administração municipal, que ainda pode recorrer, também foi condenada a pagar todo o tratamento médico da criança.
Além da indenização por danos morais, os advogados pediam uma pensão de três salários mínimos mensais por toda a vida da menina, bem como restituição das despesas oriundas do acidente.
O magistrado, no entanto, negou o pedido. A defesa da criança pode recorrer da decisão desfavorável nesse aspecto e também pedir a revisão do valor fixado como dano moral.
O Marília Notícia já havia publicado uma matéria sobre o drama vivido pela família em agosto deste ano.
Entenda
O acidente aconteceu na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Nelson Gabaldi, localizada na zona Oeste de Marília, no dia 16 de maio deste ano.
A cadeira de rodas fornecida pela escola, segundo consta na petição inicial do processo, não possuía cinto de segurança e estava emperrando. A mãe já teria feito diversas queixas sobre o problema à direção desde o começo do ano.
Naquele dia, a menina sofreu uma queda e quebrou os dois fêmures. No episódio, segundo os advogados, ela perdeu muito sangue e várias vitaminas, “correndo o risco de ter uma parada cardíaca”.
A aluna também teria passado “por cirurgia de redução e fixação, onde foi colocado uma haste em cada perna”.
A criança é cadeirante por causa da falta de cálcio devido ao raquitismo vinculado ao seu nascimento prematuro. Exatamente um dia após o acidente na escola estava previsto o início de um tratamento na Rede de Reabilitação Lucy Montoro.
A esperança era de que a garota pudesse voltar a andar. No entanto, após a queda não existe mais uma previsão para início de sua reabilitação.