MAC celebra 81 anos com expectativa de vitória no jogo de hoje
O Marília Atlético Clube (MAC) completa 81 anos de história nesta quarta-feira (12) e a expectativa é que o aniversário seja comemorado com vitória em partida marcada para hoje contra o São Bernardo, pela série A3 do Campeonato Paulista.
O jogo será fora de casa no Estádio Bruno José Daniel, em Santo André, a partir das 15h. Líder do Grupo A, com nove pontos, o adversário pode cravar vaga na semifinal nesta 5ª rodada da segunda fase da competição.
Já o Tigre depende de duas vitórias e uma série de fatores para garantir a classificação. Com chances remotas, o Alviceleste precisa, portanto, vencer o confronto de hoje e o próximo – contra a lanterna Matonense.
O técnico, Guilherme Alves será obrigado a realizar mudanças no time titular. O zagueiro Guilherme Teixeira está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e deve ser substituído por Albert ou Gabriel Rapchan – ambos jogariam improvisados na vaga, já que a outra opção para a zaga, Marlon Lopes, também está fora devido a uma lesão na coxa.
Outra opção é mandar o lateral-direito Luizão para a zaga e deslocar Dênis para a lateral. Quem também não vai estar à disposição é o centroavante Wesley Pacheco, que voltou a sentir o joelho direito no segundo tempo da derrota para o Capivariano.
Na rodada retrasada, o atleta teve o mesmo problema, mas os exames revelaram que não havia nenhuma lesão e ele foi liberado.
HISTÓRIA
O futebol da cidade de Marília e suas origens se remetem às décadas de 50 e 60, quando ainda na época, duas equipes disputaram a atenção dos torcedores e o privilégio de representar a cidade nos campeonatos da Federação Paulista de Futebol.
O Marília, nasceu como Esporte Clube Comercial, em 1942, ao disputar apenas competições amadoras, atraindo poucos torcedores. O nome não era muito simpático à população, que o achava elitista.
Em 1947, uma nova diretoria assumiu o controle do Comercial e mudou o nome para Marília Atlético Clube. O clube, no entanto, continuou amador até 1953, quando estreou na Segunda Divisão do Campeonato Paulista.
Foram cinco anos no torneio, até 1957, quando o time se licenciou das competições profissionais até 1969. A única participação do Marília no período foi na temporada de 1965. Naquele ano, o MAC disputou a Terceira Divisão (equivalente à atual Segunda, quarto nível do futebol paulista).
Após todo esse período de licença um grupo de cidadãos, liderados por Pedro Sola, resolveu reativar o Marília. No ano seguinte, o time fez a reestreia no Paulistão, disputando a Primeira Divisão (equivalente à atual Série A2).
Reestruturado e com apoio da cidade, o time chegou rapidamente à elite, sendo campeão da Primeira Divisão em 1971 e ganhando o direito de disputar a Divisão Especial (atual Série A1) em 1972. Em 1974, o Marília Atlético Clube foi campeão do Torneio José Ermírio de Moraes Filho, próximo e equivalente à Copa Paulista nos dias atuais, competição realizada em semestre do ano, diferente daquele do Campeonato Paulista, onde as equipes do interior se rivalizam com intuito de ter calendário de disputas.
Ainda sobre o Campeonato Paulista, a partir de 1971, foram 14 participações seguidas no nível mais alto do futebol paulista. O time ficou no topo entre as temporadas de 1972 e 1985, quando foi rebaixado para a Segunda Divisão.
A volta à elite ocorreria em 1990, quando o clube foi promovido ao Grupo 2 da Primeira Divisão, onde ficou até 1993, ano em que foi criada a atual divisão do Paulistão e, a partir de 1994, o Grupo 2 tornou-se a Série A2 da Primeira Divisão.
A queda em 1993 desestruturou a equipe, que na temporada seguinte sofreu outro rebaixamento – desta vez para a Série A3. O auge da crise se deu em 1996, quando o clube foi rebaixado para a Série B1-A, quarto nível do futebol paulista na época.
O time ficou na B1-A por três temporadas, voltando à Série A3 em 2000, onde ficou por outras três temporadas. A volta para a Série A2 se deu de forma inusitada.
O time terminou o campeonato da Série A3 de 2001 na quinta colocação, o que na teoria não lhe garantiria o acesso. Mas a criação da Liga Rio-São Paulo, em 2002, garantiu mais três vagas na Série A1 – que naquele ano serviu de divisão de acesso para o Rio-São Paulo – e o Marília foi um dos contemplados permanecendo na Série A1 até 2009.
A Liga Rio-São Paulo durou só um ano, quando o Marília disputou e venceu a Série A2, conseguiu o acesso e voltou à elite em 2003. A nova volta coincidiu com um dos períodos mais vitoriosos do clube, que também em 2002 foi vice-campeão brasileiro da Série C, chegando à Série B do Campeonato Brasileiro, competição que disputou até 2008.
Nas duas temporadas seguintes, o Marília participou da Série A2 do Campeonato Paulista e da Série C do Campeonato Brasileiro, mas foi eliminado ainda na primeira-fase destas competições.
Em 2011, o Marília acabou rebaixado tanto no estadual quanto no nacional. No ano seguinte, a equipe conseguiu se classificar para a segunda fase da Série A3, mas não conquistou o acesso no quadrangular. Após campanha ruim na Série D do Campeonato Brasileiro, a equipe acabou perdendo a vaga nas competições nacionais.
Novamente na Série A3 em 2013, o time conseguiu se classificar em 6º lugar. Na segunda fase, juntamente com Batatais, Flamengo e Independente o Marília terminou em segundo lugar e conseguiu voltar para a Série A2 do Campeonato Paulista.
No ano de 2015, o MAC com o acesso no ano anterior voltou a disputar a elite do futebol paulista ao lado dos grandes da capital competiu a Serie A1, porém, em queda livre veio disputar a Série B-1 (segunda divisão) novamente em 2019, quando foi vice campeão em partida épica contra o Paulista em Jundiaí que terminou empatada em 3 a 3.
A partir de 2020, o Marília Atlético Clube voltou a disputar a chamada Primeira Divisão na Série A3, fazendo boas competições, principalmente em 2021 e 2022 passando para finais e quase obtendo o acesso para Série A2.
O ápice dessa nova gestão, mais profissional que tomou conta do Marília, com renegociação de dívidas, gestão profissional e luta para reerguer o clube foi em 2020 com o vice-campeonato da Copa Paulista, perdendo a final no Canindé para Portuguesa em partida memorável por 3 a 2 no auge da pandemia da Covid em noite fria e estádio sem público, uma pena.
Em 2021, o clube disputou de forma inédita a Copa do Brasil, voltando ao cenário nacional, reerguendo a memória e imagem do clube perante torcedores, imprensa, patrocinadores e federações.