Líder de rebelião e assassino de agente na Fundação Casa é preso com munições
Solto pela Justiça em março de 2022, o homem de 26 anos – que aos 17 liderou uma rebelião na Fundação Casa e matou um agente de apoio socioeducativo -, foi alvo de um mandado de busca e acabou preso pela Polícia Civil de Marília na manhã desta quinta-feira (31).
A Justiça expediu um mandado de busca e apreensão para o endereço do suspeito, à rua Pedro Charuto, na Vila Real, zona sul. O motivo da busca, autorizada pela 2ª Vara Criminal e cumprida pelo Setor de Investigações Gerais (SIG), não foi informado pela polícia.
No local, os agentes foram recebidos pelo investigado, que acompanhou a vistoria. Foram encontradas 10 munições calibre .22 no quarto onde ele dormia. Questionado sobre a posse das munições, o suspeito ficou em silêncio.
O delegado responsável pelo caso determinou a prisão em flagrante e fixou uma fiança no valor de R$ 1,4 mil que não foi paga, por isso, o rapaz seguiu na carceragem da Central de Polícia Judiciária (CPJ). Ele será submetido à audiência de custódia.
MOTIM DA BARBÁRIE
O motim na Fundação Casa aconteceu em outubro de 2016. Após evento com entidade religiosa, os internos retornavam para quartos quando um agente de apoio foi rendido.
O servidor Carlos Francisco Calixto, que completava 51 anos naquele dia, tentou impedir que os rebelados invadissem outras alas e foi morto com um cabo de vassoura enfiado na garganta. O mesmo cabo foi usado para agredir outro agente, que sobreviveu.
Outros três funcionários da instituição ainda foram agredidos e 18 internos conseguiram fugir durante a revolta. Em 2021, quatro envolvidos – que eram adultos na época do caso – foram levados a julgamento e receberam penas de 48 anos, 18 anos e 16 anos.
O menor identificado como líder e autor do ato que vitimou Calixto foi condenado a cumprir medida socioeducativa, incluindo internação involuntária por quadro que, conforme perícia judicial, foi caracterizado por “psicopatia”. Em 2022, porém, ele foi colocado em liberdade.