Levi Gomes e Matra travam briga pública com troca de críticas
O secretário municipal da Fazenda, Levi Gomes, e a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Marília Transparente (Matra) têm travado uma briga pública com trocas de críticas mútuas.
As rusgas começaram na última quarta-feira (14) durante a audiência pública sobre a criação da taxa do lixo. Levi criticou a Matra por seus posicionamentos em relação ao tema e disse que alguns membros da entidade se consideravam “professores de Deus”.
Na ocasião, o secretário da Fazenda também indicou que integrantes da Matra têm interesses políticos. Sem citar nomes, ele afirmou que militantes da Oscip teriam tentado ocupar seu cargo, bem como a chefia da Secretaria da Educação.
A Matra respondeu por meio de nota, dizendo que “jamais esteve em gabinetes políticos, nesta gestão ou nas anteriores, em busca de nomeações de quaisquer de seus membros em cargos públicos de livre nomeação, como foi equivocadamente afirmado”.
“Ao fazer afirmações mentirosas e promover ataques descabidos a essa instituição que tanto contribuiu e continua contribuindo para o desenvolvimento de Marília, o senhor secretário municipal da Fazenda demonstrou desequilíbrio emocional e despreparo para apresentar contra-argumentos às colocações feitas pela Matra”, respondeu a Oscip.
Gomes não deixou por menos e resolveu dar “nome aos bois” em uma nota pública. “Não menti quando revelei as verdadeiras pretensões dos senhores Edgard Ferreira e Marcelo Fernandes, que tentaram a todo custo emplacar seus nomes nas secretarias municipais da Fazenda e da Educação, respectivamente”, afirmou.
Segundo o secretário, Ferreira e Fernandes “foram bater de porta em porta atrás dos cargos para os quais se achavam imbatíveis. Mas a realidade obrigou esses dois ‘professores de Deus’ a descer de seus pedestais imaginários. Feridos no ego, isso os fez ainda mais amargos e revoltados. Só não foi suficiente para abrandar a empáfia e a arrogância que há dentro deles”.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Matra, para que os integrantes citados nominalmente por Levi pudessem responder.
A entidade afirmou que a diretoria “está analisando o conteúdo da nota envida pelo secretário municipal da Fazenda e voltará a se manifestar, se necessário, em momento oportuno”.
Em nota, Marcelo Fernandes rebateu. “O secretário da Fazenda Levi Gomes afirmou hoje que faço parte da Marília Transparente e, nessa condição, pedi cargo de Secretário da Educação na administração de Marília. As duas afirmações são mentirosas. Eu não faço parte da Marília Transparente. Sobre pedido de cargos, também é mentira do secretário, pois, por acordo político, a Secretaria da Educação foi de livre indicação do Cidadania, que indicou o professor Beto Cavalari para ser secretário da Educação. Aliás, participei deste acordo que foi descumprido em favor do seu Levi Gomes, visto que o atual secretário da Educação é indicação dele. O Boletim de Ocorrência já está registrado e o leviano será cobrado na esfera criminal e cível”.