Laudo aponta que mulher de sargento não efetuou disparos
Um mês após a ocorrência que resultou nas mortes do sargento Luciano Agnaldo Rodrigues, de 50 anos, e do cabo e judoca Mário Sabino Júnior, de 47 anos, em Bauru (distante 110 quilômetros de Marília), o laudo do exame residuográfico mostrou que não foi encontrado chumbo nas mãos da cabo Águida Heloísa Barbosa Rodrigues, de 47 anos. Ela era esposa do sargento Agnaldo e estava no momento do crime.
Segundo a PM, os laudos oficiais mostraram que o chumbo estava somente nas mãos de Sabino e Agnaldo.
Os resultados também confirmam os locais dos ferimentos das duas vítimas fatais. Cabo Sabino sofreu três lesões, sendo uma na cabeça, outra no tórax e uma terceiro na região cervical.
Já o sargento Agnaldo sofreu cinco lesões. Um dos projéteis entrou pela coxa direita e saiu pela lateral da perna, provocando assim dois ferimentos causados por um único tiro. Os outros três ferimentos foram na cabeça, no tórax e no abdômen.
Entenda
O Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Militar revelou que a esposa do sargento Agnaldo Rodrigues, a cabo Águida, estava no local do crime onde foram encontrados os dois policiais mortos em 25 de outubro.
Os policiais que atenderam a ocorrência informaram que avistaram três veículos na rua sem saída, paralela à avenida Antenor de Almeida, na região do Jardim Niceia, onde o crime ocorreu. Um dos carros estava no meio da via, o que levantou suspeitas.
Ao lado de um dos veículos foi encontrado o corpo de Agnaldo Rodrigues. Cerca de 15 metros à frente estava o corpo do cabo Mário Sabino Junior.
Foram apreendidas duas armas, um revólver calibre 38 de posse do sargento e uma Taurus .40 de Sabino. Águida não teria dado a sua versão dos fatos e somente falaria para a Justiça Militar.
Desde que o crime ocorreu, surgiram várias especulações sobre a possibilidade de o crime ter motivação passional. Uma das hipóteses é de que a esposa do sargento, que também é policial militar, estaria se encontrando com Sabino, por isso ela teria sido ouvida.