MN Logo

11 anos. Mais de 100 mil artigos.

  • Capa
  • Polícia
  • Marília
  • Regional
  • Entrevista da Semana
  • Brasil e Mundo
  • Esportes
  • Colunas
  • Anuncie
Colunas
sex. 10 fev. 2023

Lágrimas solitárias no dia em que a música morreu

por Ramon Franco

Sim, houve um dia em que a música morreu. Quem me contou sobre essa data foi o cinema, através do longa “La Bamba”, de 1987, que era uma das sessões da tarde preferidas da minha geração oitentista. Em muitas tardes, parava de jogar bola no campinho da rua de casa e colava os olhos na televisão para acompanhar a meteórica e trágica carreira de Ritchie Valens (1941-1959).

O adolescente pobre do subúrbio de Los Angeles, descendente de mexicanos que não sabia falar espanhol, mas que, ao resgatar uma tradicional canção do folclore de seus antepassados, escreveu – definitivamente – o seu nome na história mundial do rock.

A tragédia aérea que vitimou Valens e outros dois jovens astros iniciais do rock – Buddy Holly e The Big Bopper – marcou gerações anteriores à minha e, portanto, o 3 de fevereiro de 1959 passou a ser chamado de “The day the music died”, em tradução literal: “O dia em que a música morreu”.

Vim saber que a tragédia aérea era chamada de “O dia em que a música morreu” por uma frase de Raul Seixas, numa entrevista onde ele se recordava daquele dia e o lembrava como “O dia em que o rock morreu”.

Lançado 28 anos depois da queda do avião no campo de milho em Iowa, o filme “La Bamba” contou, inclusive, com a participação da mãe de Ritchie Valens, a senhora Concepción Valenzuela. Ela aparece numa cena como uma figurante convidada para uma festa na casa dos Valenzuela – este era o verdadeiro sobrenome de Ritchie Valens. Está sentada no mesmo sofá em que está o ator que interpretou o filho.

Em 1996, num domingo triste, fui acordado com a notícia da queda de um avião: o que transportava o grupo de rock brasileiro Mamonas Assassinas. Dinho e sua turma, assim como Ritchie e seus amigos, não sobreviveram ao impacto. Comoção nacional e lágrimas por todos os lugares.

Décadas depois, o avião que transportava uma compositora e talentosa cantora do nosso Brasil de dentro cai no interior de Minas Gerais. Assim como o cantor de “La Bamba” e compositor de “Donna”, a trajetória de Marília Mendonça (1995-2021) foi meteórica e absoluta. Novas lágrimas.

As lágrimas, por mais que compartilhadas, são únicas e solitárias. Ninguém chora pela gente, ninguém chora pelos nossos olhos. Da mesma forma, dizer que teve um dia que a música morreu é errado. Tanto a música de Marília Mendonça, dos Mamonas Assassinas, de Ritchie Valens ou de Raul Seixas – todos citados aqui – continuaram vivas, assim como suas histórias, servindo de parâmetros, exemplos e até inspiração para novos cantores, compositores e fãs. Fãs que não se cansam de reviver as emoções que eles eternizaram em letras e canções.

Compartilhar

Mais lidas

  • 1
    Região de Marília tem operações com confrontos e mortes
  • 2
    Jovem que matou namorada de 14 anos em Júlio Mesquita é colocado em liberdade
  • 3
    Mortos em operação deflagrada na região são identificados
  • 4
    Homem de 28 anos tenta contra a própria vida e morre na zona sul de Marília

Escolhas do editor

CRIME ORGANIZADO
Mortos em operação deflagrada na região são identificadosMortos em operação deflagrada na região são identificados
Mortos em operação deflagrada na região são identificados
MUNICÍPIO AGRO
Marília garante certificação no ranking paulista do agronegócioMarília garante certificação no ranking paulista do agronegócio
Marília garante certificação no ranking paulista do agronegócio
RECURSO FEDERAL
MEC destina R$ 965 mil para educação em tempo integral em MaríliaMEC destina R$ 965 mil para educação em tempo integral em Marília
MEC destina R$ 965 mil para educação em tempo integral em Marília
NATAL ILUMINADO
Praça Maria Izabel recebe Mesa de Samba na programação desta terça-feiraPraça Maria Izabel recebe Mesa de Samba na programação desta terça-feira
Praça Maria Izabel recebe Mesa de Samba na programação desta terça-feira

Últimas notícias

Mortos em operação deflagrada na região são identificados
Jovem que matou namorada de 14 anos em Júlio Mesquita é colocado em liberdade
Golpe do falso mecânico soma dois casos e prejuízos de quase R$ 20 mil
Justiça marca audiência para acusado de matar e enterrar corpo de mulher em quintal

Notícias no seu celular

Receba as notícias mais interessantes por e-mail e fique sempre atualizado.

Cadastre seu email

Cadastre-se em nossos grupos do WhatsApp e Telegram

Cadastre-se em nossos grupos

  • WhatsApp
  • Telegram

Editorias

  • Capa
  • Polícia
  • Marília
  • Regional
  • Entrevista da Semana
  • Brasil e Mundo
  • Esportes

Vozes do MN

  • Adriano de Oliveira Martins
  • Angelo Ambrizzi
  • Brian Pieroni
  • Carol Altizani
  • Décio Mazeto
  • Fernanda Serva
  • Dra. Fernanda Simines Nascimento
  • Fernando Rodrigues
  • Gabriel Tedde
  • Isabela Wargaftig
  • Jefferson Dias
  • Marcos Boldrin
  • Mariana Saroa
  • Natália Figueiredo
  • Paulo Moreira
  • Ramon Franco
  • Robson Silva
  • Vanessa Lheti

MN

  • O MN
  • Expediente
  • Contato
  • Anuncie

Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial.
MN, Marília Notícia © 2014 - 2025

MN - Marília NotíciaMN Logo

Editorias

  • Capa
  • Polícia
  • Marília
  • Regional
  • Entrevista da Semana
  • Brasil e Mundo
  • Esportes

Vozes do MN

  • Adriano de Oliveira Martins
  • Angelo Ambrizzi
  • Brian Pieroni
  • Carol Altizani
  • Décio Mazeto
  • Fernanda Serva
  • Dra. Fernanda Simines Nascimento
  • Fernando Rodrigues
  • Gabriel Tedde
  • Isabela Wargaftig
  • Jefferson Dias
  • Marcos Boldrin
  • Mariana Saroa
  • Natália Figueiredo
  • Paulo Moreira
  • Ramon Franco
  • Robson Silva
  • Vanessa Lheti

MN

  • O MN
  • Expediente
  • Contato
  • Anuncie