Justiça torna réu delegado acusado de atirar e matar jovem em rodeio na região
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou e a Justiça tornou réu o delegado mariliense Vinícius Martinez, acusado de ser o responsável pela morte da estudante Katrina Bormio Silva Martins, de 16 anos, na saída de um rodeio, em Promissão.
O caso está em segredo de Justiça, mas o Marília Notícia apurou que o delegado foi denunciado pela Promotoria e a queixa acatada pelo Judiciário. Recentemente, a Justiça autorizou o cumprimento de um mandado de busca e apreensão dos celulares de um policial militar e de um vigilante, testemunhas do ocorrido.
A decisão autorizou o acesso ao conteúdo que diz respeito a conversas com o delegado, na data dos fatos ou logo após, envolvendo exclusivamente diálogos que possam contribuir para apuração da ação.
A medida somente seria necessária caso as diligências a serem cumpridas não fossem alcançadas pela entrega voluntária dos equipamentos.
O delegado mariliense chegou a ser preso pelo crime, mas aguarda a apuração em liberdade, depois de pagar fiança de R$ 28 mil.
Katrina foi baleada fatalmente pouco depois da meia-noite em 5 de agosto. A adolescente havia assistido ao rodeio e esperava pelo pai para sair do recinto do evento. O delegado alegou que um desconhecido teria desacatado policiais militares, por isso, sacou a arma e efetuou disparos no meio da multidão.
Por se tratar de um servidor da Segurança Pública, Martinez é investigado pela Corregedoria, ao invés da delegacia onde ocorreu o fato. Com carreira promissora, na época, ele respondia pela delegacia de Polícia de Getulina e havia acabado de cumprir substituição na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Lins.
Conforme o Diário Oficial do Estado, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) concedeu ao delegado licença médica por 30 dias, a partir de 6 de agosto, um dia depois do crime. O Deinter-4 informou à Justiça a transferência do policial da cidade de Getulina para a seccional de Assis.
REVOLTA E SIGILO
O caso gerou revolta na comunidade local, em Promissão, principalmente pela decisão da Justiça de conceder liberdade ao delegado preso em flagrante.
O MP-SP recorreu da decisão, com pedido de liminar, mas a prisão imediata do delegado foi negada.
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