Justiça reagenda pela segunda vez júri de ex-PM acusado de homicídio em Ourinhos
A Justiça remarcou o julgamento do ex-policial militar Alexandre David Zanete, acusado de matar Murilo Henrique Junqueira de 26 anos, em um terreno baldio na Vila Operária, em Ourinhos.
Esta é a segunda vez que o júri é remarcado. A princípio a data seria 30 de novembro do ano passado. Houve remanejamento para 1º de fevereiro de 2024. Agora, a Justiça marcou para 16 de maio, a partir das 13h.
Desta vez, a decisão da Justiça de Ourinhos aponta que houve insistência da defesa para ouvir uma testemunha com “impossibilidade justificada de comparecimento à sessão plenária na data designada em razão de ter sido submetido a cirurgia.”
O despacho é assinado pela juíza Raquel Grellet Pereira, da 1ª Vara Criminal de Ourinhos.
ENTENDA
O caso aconteceu às 18h30, do dia 20 de setembro de 2021, na rua Elvira Ribeiro de Moraes. A Polícia Civil foi acionada com a informação de troca de tiros entre a equipe da Força Tática com um foragido da Justiça.
Segundo os policiais envolvidos na ocorrência, contra Murilo havia um mandado de prisão expedido pela Vara Criminal de Jacarezinho. A Polícia Militar recebeu informação de que o foragido estaria escondido na rua Moacir Cassiolato, no Parque Minas Gerais, e se deslocou até o endereço na tentativa de efetivar a captura.
Os militares relataram que estacionaram a viatura nas proximidades, desembarcaram, se aproximaram do imóvel, e se depararam com o jovem no portão. Ao perceber a presença dos policiais, o rapaz fugiu no sentido da NEI Benedita Fernandes Cury, desceu por um terreno baldio, ao lado da escola, sentido a rua Mario Antônio Bacili.
Três policiais o perseguiram, a pé, enquanto dois retornaram para a viatura para tentar cercar o homem. Murilo alcançou uma viela que liga a rua Mário Antônio Bacili com a rua Elvira Ribeiro de Moraes e, no final dela, se deparou com a viatura.
Os militares desembarcaram e deram a ordem de parada. Os policiais alegaram que ele teria reagido, mas imagens de câmeras de segurança mostraram que a vítima já estava rendida. Um dos policiais disparou algumas vezes contra Murilo, que não resistiu aos ferimentos e morreu.
Alguns dias após o homicídio, a Polícia Civil teve acesso às imagens e pediu a prisão dos policiais militares. Alexandre David Zanete, flagrado atirando na vítima, foi expulso da Polícia Militar. Na época dos fatos, ele era subtenente.
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