Justiça nega prisão de delegado acusado de matar garota na região
A Justiça de Promissão negou o pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para a prisão preventiva do delegado Vinícius Martinez, acusado de matar a adolescente Katrina Bormio Silva Martins, de 16 anos. O crime ocorreu na madrugada de 5 de agosto, quando a jovem, que havia assistido a um rodeio na cidade, foi atingida por um disparo de arma de fogo enquanto aguardava o pai na saída do evento.
O juiz também rejeitou outras medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica ou restrições de deslocamento. Por outro lado, autorizou que os pais de Katrina participem do caso como assistentes de acusação, ampliando sua presença no processo. A defesa do delegado tem até 21 de janeiro de 2025 para apresentar resposta, após o fim do recesso do Judiciário. Caso isso não aconteça, um defensor público será designado.
A morte de Katrina chocou a cidade de Promissão e gerou ampla repercussão, especialmente pelo envolvimento de um delegado de polícia como réu no caso. Enquanto o processo avança, a expectativa é que os desdobramentos da investigação esclareçam as circunstâncias do crime e assegurem a responsabilização dos envolvidos.
O delegado mariliense chegou a ser preso pelo crime, mas aguarda a apuração em liberdade, depois de pagar fiança de R$ 28 mil.
Katrina foi baleada fatalmente pouco depois da meia-noite em 5 de agosto. A adolescente havia assistido ao rodeio e esperava pelo pai para sair do recinto do evento. O delegado alegou que um desconhecido teria desacatado policiais militares, por isso, sacou a arma e efetuou disparos no meio da multidão.
Por se tratar de um servidor da Segurança Pública, Martinez é investigado pela Corregedoria, ao invés da delegacia onde ocorreu o fato. Com carreira promissora, na época, ele respondia pela delegacia de Polícia de Getulina e havia acabado de cumprir substituição na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Lins.
Conforme o Diário Oficial do Estado, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) concedeu ao delegado licença médica por 30 dias, a partir de 6 de agosto, um dia depois do crime. O Deinter-4 informou à Justiça a transferência do policial da cidade de Getulina para a seccional de Assis.
O caso gerou revolta na comunidade local, em Promissão, principalmente pela decisão da Justiça de conceder liberdade ao delegado preso em flagrante.
O MP-SP recorreu da decisão, com pedido de liminar, mas a prisão imediata do delegado foi negada.