Justiça nega novo pedido de liberdade para Dhaubian
A Justiça de Marília negou novo pedido de liberdade para o coronel da reserva da Polícia Militar Dhaubian Braga Barbosa, de 57 anos. Ele responde pela morte do ajudante Daniel Ricardo da Silva, de 37 anos, ocorrida em outubro do ano passado, nas instalações do motel que pertence ao policial.
A decisão é do juiz Paulo Gustavo Ferrari, da 2ª Vara Criminal de Marília. Segundo o documento, a defesa de Dhaubian alega “que após a primeira audiência de instrução, na qual foram ouvidas as testemunhas de acusação, surgiram dúvidas acerca dos fatos que, se não afastam eventual decisão de pronúncia, abalam os motivos que justificaram a decretação da prisão preventiva”.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) se manifestou de forma contrária ao pedido. A prisão preventiva do acusado foi mantida pela Justiça.
“Conquanto a defesa alegue que, após a oitiva das testemunhas de acusação, não estão mais presentes elementos que justifiquem a manutenção da prisão preventiva, entendo que até a presente etapa da instrução processual não houve alteração fática ou jurídica que justifique a concessão da liberdade provisória, permanecendo íntegros os fundamentos da decisão proferida às fls. 293/295”, escreve o juiz na decisão.
O magistrado ainda alega que “ainda há fortes indícios de que o autuado teria praticado a grave conduta a ele imputada, qual seja, homicídio duplamente qualificado e premeditado”.
“Além disso, embora tenha se apresentado espontaneamente algum tempo após o delito, é fato que permaneceu foragido num primeiro instante. Há suspeitas de que teria inovado artificiosamente a cena do crime, introduzindo arma diversa no local dos fatos. Ademais, teriam sido apreendidas em seus imóveis diversas armas fogo e munições, o que evidenciaria a sua possível maior periculosidade e potencial para atemorizar as testemunhas”, completa a determinação.
O advogado de defesa de Dhaubian, Aryldo de Oliveira de Paula, afirma ao Marília Notícia que deve impetrar pedido de habeas corpus.
Uma segunda audiência está agendada para 11 de fevereiro, às 14h, quando o juiz do caso deve ouvir as testemunhas de defesa e pode também interrogar o réu.