Justiça nega liberdade para acusado de matar a marretadas
Decisão da Justiça de Marília negou nesta terça-feira (12) o pedido de liberdade para o detento Carlos Barboza Sampaio, de 50 anos, acusado de matar o entregador Eder Batista da Silva a golpes de marreta.
O crime foi cometido no dia 1º de fevereiro de 2017 e Carlos Sampaio é acusado de ser o autor das marretadas que mataram o entregador. O sobrinho do indiciado, Maicon Panatto Sampaio, também participou do assassinato.
A defesa de Carlos ingressou com pedido de habeas corpus para que ele respondesse o crime em liberdade, mas o juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Marília, José Augusto Franca Junior, negou a soltura.
“Trata-se de crime gravíssimo de alto nível de brutalidade em relação à vítima. Em caso de soltura nesta fase, haveria sério risco à comunidade local em colocar pessoa acusada de crime tão violento novamente em convívio com a sociedade pacífica e ordeira, além do risco de nova fuga”, argumentou o juiz.
Após o homicídio, Carlos Sampaio permaneceu foragido por mais de um ano e foi preso somente no dia 6 de junho de 2018 na cidade de Nova Esperança, no Paraná.
“Deve ser ressaltado ainda que em liberdade o réu poderá fugir novamente e não ser localizado. A prisão é a única medida capaz de garantir a aplicação da lei penal e bem como a realização do júri. Assim, nego ao réu Carlos o direito de recorrer em liberdade”, finalizou o juiz.
A dupla está presa no regime fechado da Penitenciária de Marília e segue aguardando julgamento pelo assassinato de Eder Silva.
O crime
O entregador Eder Batista da Silva, na época com 28 anos, havia sido acionado para entregar uma marmita em uma residência desocupada no bairro Vila D’Itália, zona Oeste de Marília.
No local, a vítima foi surpreendida por Carlos Barboza Sampaio e Maicon Panatto Sampaio. Em depoimento na polícia, Maicon esclareceu que foi seu tio Carlos desferiu golpes de marreta na cabeça do entregador.
Os dois colocaram o corpo no Gol do autor dos golpes e enterraram Eder, que já tinha passagem pela polícia, em um cafezal de Jafa (distrito de Garça).
Na manhã seguinte do crime (dia 2 de fevereiro de 2017), policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), através de indicação de Maicon, localizaram onde o corpo estava enterrado.
A vítima apresentava vários ferimentos contundentes na cabeça. No episódio, o delegado Valdir Tramontini revelou que a dupla foi motivada em decorrência de uma dívida de R$ 2 mil entre as partes.