Justiça marca audiência em caso que envolve secretária da Educação
A Justiça de Marília marcou para 19 de fevereiro de 2026 a audiência de instrução no processo que apura o uso de documentos públicos falsificados pela ex-diretora da Escola Municipal de Educação Fundamental (Emef) Roberto Caetano Cimino, Rosimeire Fernanda Frazon Modesto, atual secretária da Educação de Marília. A sessão deve ocorrer no Fórum da cidade.
A denúncia, apresentada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) com base no inquérito policial, aponta que a atual secretária teria utilizado documentos falsos de forma continuada entre maio de 2021 e março de 2022 para justificar ausências no trabalho.
Segundo a investigação, Rosimeire atuava como diretora da unidade escolar, localizada no Conjunto Residencial Alcir Raineri, e dependia de autorizações assinadas por supervisoras de ensino para retirar horas ou deixar o expediente.
Os documentos apresentados por ela foram submetidos à perícia, que concluiu que as assinaturas atribuídas às supervisoras eram falsas. Laudos também apontaram que manuscritos presentes nas autorizações teriam partido do próprio punho da denunciada. o exame mecanográfico indicou que impressões de carimbo não correspondiam a carimbos oficiais.
Com base nos laudos, o Ministério Público denunciou a ex-diretora pelos crimes previstos nos artigos 304 (uso de documento falso) e 297 (falsificação de documento público), ambos na forma continuada. A Promotoria pediu a oitiva das supervisoras citadas como testemunhas.
Com a audiência marcada para fevereiro de 2026, o processo entra em nova fase, com a oitiva das testemunhas, manifestações das partes e posterior encaminhamento para sentença.
‘Segura da minha inocência’
Procurada pelo Marília Notícia, Rosimeire Frazon disse desconhecer a informação sobre a data da audiência e reafirmou que já foi inocentada na esfera administrativa.
“O laudo da perícia comprova que não fiz as falsificações. Sigo realizando meu trabalho na Educação, segura da minha inocência. Sei que parece até apelativo, mas sirvo a Deus na Congregação Cristã. Nunca fiz o que me acusaram, também não consigo entender o motivo pelo qual surgiram essas acusações. Desde o início, sigo confiante em Deus sobre a verdade”, concluiu a secretária da Educação de Marília.