Justiça mantém prisão e marca audiência de pai acusado de matar o filho em Marília
A Justiça manteve a prisão preventiva de Dorival Soares dos Reis Neto, acusado de matar o próprio filho, John Soares dos Reis Oliveira Dias, de apenas seis meses de idade, em crime ocorrido no dia 1º de março, no Conjunto Habitacional Paulo Lúcio Nogueira, em Marília. A primeira audiência sobre o caso também foi marcada e acontecerá em agosto.
De acordo com a decisão do juiz Paulo Gustavo Ferrari, da 2ª Vara Criminal de Marília, permanece inalterado o quadro que motivou a prisão e a manutenção da medida cautelar.
O magistrado ainda marcou a primeira audiência de instrução, debates e julgamento sobre o caso, que vai acontecer de forma virtual, às 16h, no dia 13 de agosto.
DENÚNCIA
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), Dorival matou próprio filho por motivo fútil, com emprego de asfixia, meio cruel e recurso que impossibilitou defesa da vítima.
O MP apontou que, semanas antes do assassinato, Dorival submeteu a sofrimento o filho apenas seis meses de idade, que estava em sua guarda, com emprego de violência a intenso sofrimento físico, como forma de aplicar castigo pessoal.
O caso foi registrado no dia 1º de março, por volta das 13h, quando a Polícia Militar recebeu uma chamada de emergência, alertando sobre uma possível agressão a uma criança na zona sul da cidade.
Uma ambulância foi imediatamente enviada ao local para prestar socorro à vítima, que foi encontrada em estado crítico e desacordada. Apesar dos esforços dos profissionais, o bebê não resistiu aos ferimentos e teve a morte confirmada pouco tempo depois.
Ainda na CDHU, a suspeita de que a suposta agressão teria ocorrido no ambiente familiar revoltou moradores locais, que passaram a agredir o homem. Ele se livrou por conta da rápida intervenção da PM.
O acusado afirmou na delegacia que perdeu o controle e agrediu o bebê na cabeça. Um laudo confirmou que a criança morreu por asfixia.