Justiça Eleitoral indefere candidaturas a vereador em Marília
A Justiça Eleitoral indeferiu 13 candidaturas ao Poder Legislativo em Marília, mas cinco delas apresentaram recurso para tentar manter os nomes na disputa.
Também existem 13 renúncias entre os aspirantes a vereador e ainda dois candidatos que foram deferidos, mas possuem recursos envolvendo decisão judicial relacionadas a eles – são eles Élio Ajeka (PP) e Marcelo Macedo (PSD).
Ao todo são 301 candidaturas à Câmara deferidas. Na manhã desta sexta-feira (30) ainda constava uma única classificada como “aguardando julgamento” – a de Érico Adriano Colonez (PP), que se identifica como “Barbarella”.
Para verificar a situação de cada um dos candidatos citados nesta matéria [clique aqui].
Indeferido com recurso
Entre os candidatos com pedido de registro indeferido pelo juiz eleitoral da 70ª Zona Eleitoral (ZE) de Marília, Luiz Cesar Bertoncini, consta Dema da Estação (PROS), barrado por Bertoncini por ser considerado “ficha-suja”.
Dema foi condenado por roubo em um processo que já transitou em julgado com sentença de extinção de punibilidade em julho de 2014.
“Apesar de ter cumprido integralmente a pena, pesa contra o candidato a anotação de inelegibilidade que tem início com o cumprimento [fim] de pena e perdura por 8 (oito) anos”, apontou o magistrado. Dema recorre.
Em situação parecida se encontra Gordão da Portuguesa (Republicanos), que possui condenação criminal com trânsito em julgado em 2019. Ele foi sentenciado a um ano de prisão por posse ilegal de arma de fogo e responde por uma tentativa de homicídio. O Marília Notícia divulgou os casos, [clique aqui] e [aqui].
Outro candidato com candidatura indeferida, mas em situação de recurso é Cidão do Espeto (PRTB). Segundo o canal oficial de informações da Justiça Eleitoral, no caso dele houve “ausência de requisito de registro”. Trata-se de problema com a filiação no partido e o candidato recorre.
Luizinho (Patriotas) é outro candidato a vereador indeferido por problemas com sua filiação, mas que recorre da decisão. A situação é parecida com a de Simone Mercho (Solidariedade) que consta como filiada em outras duas legendas.
Indeferidos
Entre os candidatos a vereador e vereadora indeferidos e que não apresentaram recurso estão dois candidatos do PROS, Junião Sorveteiro e Marquito Ferro Velho; dois do PTC, Ademir Minhoca e Maurício Moto-Táxi; e duas do DEM, Rogéria Bregion e Aline Fernandes. Na mesma situação se encontram Professor Pasqual (PT) e Nair Vicente (PSDB).
Deferido com recurso
De acordo com a Justiça Eleitoral, a situação “deferido com recurso” significa “candidato regular e com pedido de registro deferido; no entanto, há recurso interposto contra essa decisão e aguarda julgamento por instância superior”.
Ajeka foi candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Vinicius Camarinha (PSB) em 2016 e acabou condenado em segunda instância junto com o ex-prefeito e seu pai, Abelardo Camarinha (Podemos), por abuso de meios de comunicação naquele pleito.
Como a inelegibilidade acabou sendo suspensa até decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bertoncini deferiu a candidatura de Ajeka. No entanto o Partido Liberal, que já havia tentado impugná-lo, recorreu da decisão.
Já Marcelo Macedo, ex-presidente do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem) na gestão Daniel Alonso (PSDB), teve sua candidatura deferida, mas recorre pelo direito de utilizar na urna o nome “Marcelo do Daem”.
Renúncia
Entre os candidatos ao Legislativo que renunciaram constam: Marcão da Vivo (Solidariedade), Andrea (Republicanos), Suely (PTC), Ivan Evangelista (PTB), Andrea Valença (PSL), Juh Belo (PSB), Ricardo Paoliello (PRTB), Silvana Porto (PROS), Donizeti (PP), Maurício Roberto (PP), Kelly Christine (PDT), Filé Garçom (Patriota) e Professor Eli (Avante).
Destaque para Ricardo Paoliello, que desistiu do posto para se candidatar a vice-prefeito na chapa encabeçada por Marcos Juliano (PRTB), e para Maurício Roberto, que é vereador na atual legislatura.