Justiça determina prisão de PM que matou; delegado descarta legítima defesa
A Justiça determinou a prisão preventiva do soldado da Polícia Militar (PM) Moroni Siqueira Rosa, de 37 anos, responsável pelos disparos de arma de fogo que mataram Hamilton Olimpio Ribeiro Junior, de 29 anos, durante o Marília Rodeo Music, no distrito de Lácio. A informação foi confirmada pelo delegado seccional de Marília, Wilson Carlos Frazão. O policial segue detido, sob escolta da PM, no Hospital das Clínicas de Marília.
De acordo com Frazão, as primeiras informações apuradas pela Polícia Civil é que a motivação para o desentendimento, que terminou em homicídio, teria sido por ciúmes. O policial estava acompanhado com sua esposa e filha adolescente durante o evento.
“O que a gente sabe até agora é que esse desentendimento entre os dois envolvidos teria ocorrido por ciúmes de uma mulher. Essa foi a informação inicial que chegou. Eles brigaram e a partir daí o policial militar sacou a arma e atirou contra ele”, afirma o seccional.
O delegado confirmou que a prisão foi confirmada como homicídio doloso, quando há a intenção de matar. Pelo fato de ter efetuado diversos disparos de arma de fogo, o caso não foi considerado legítima defesa.
“Acabei de ter a informação agora que o juiz manteve a prisão, ou seja, converteu em prisão preventiva. A arma foi apreendida e é da corporação, da Polícia Militar. Ele estava de folga, mas compareceu à festa com a arma, o que é perfeitamente permitido. Ele é policial e poderia entrar na festa armado. A lei não determina que ninguém seja covarde, mas tem que ser na medida da agressão que está sofrendo. Ele poderia ter chamado um segurança ou efetuado um único disparo”, diz o delegado.