Justiça condena quatro em processo que apurou assaltos em série e troca de tiros com PMs
A Justiça de Marília condenou, em ação por crime de latrocínio tentado – roubo seguido de morte – quatro homens envolvidos em uma série de assaltos e troca de tiros com a Polícia Militar, em um caso de julho do ano passado. A sentença é da 2 Vara Criminal e foi assinada nesta quarta-feira (2).
Os réus Bruno de Araújo e Adilson Junior Fernandes de Oliveira foram sentenciados à pena de 15 anos e dez meses de reclusão. Já os réus Alessandro Henrique da Silva Farias e Breno de Vilas Boas Cambuim foram condenados a 13 anos e sete meses de prisão. Outro dos envolvidos foi absolvido pela Justiça.
NOITE VIOLENTA
Conforme a investigação da Polícia Civil, a vítima – um homem de 44 anos – foi abordado em frente à sua casa, na rua Vitor Euzebio da Silva, em Padre Nóbrega, quando estacionava seu veículo, um Fiat Argo.
Três assaltantes encapuzados, sendo um armado e os outros dois com facas, obrigaram a vítima a sair do carro e deitar no chão. Os criminosos fugiram levando o veículo, cartões bancários e documentos de uma segunda vítima que o acompanhava.
Cerca de 650 metros do local, em um bar em Padre Nóbrega, na avenida Sampaio Vidal, os mesmos criminosos realizaram outro roubo. Armados, levaram R$ 1,2 mil, uma corrente de ouro e dois celulares de uma comerciante e seus clientes, em um bar. No local, foram pelo menos cinco vítimas.
Após o segundo crime, os suspeitos fugiram utilizando o Fiat Argo roubado. Mas durante a tentativa de fuga, os assaltantes foram cercados por uma viatura da Polícia Militar na avenida Hércules Galletti, na região do Jardim Califórnia, na zona oeste.
Mesmo com a ordem de parada, aceleraram e seguiram em alta velocidade até uma rua sem saída. Ao abandonarem o veículo, o motorista, armado com um revólver calibre 32, trocou tiros com a polícia antes de fugir para a favela do Argollo Ferrão.
Horas depois, a polícia foi informada que um homem de 21 anos, identificado como Bruno de Araújo, foi ferido por arma de fogo e havia dado entrada no Hospital das Clínicas (HC). Ele foi reconhecido como o assaltante que trocou tiros com a polícia, permaneceu internado sob escolta policial e, posteriormente, foi preso em flagrante.
INVESTIGAÇÃO
Durante as investigações, os demais envolvidos foram identificados, reconhecidos e presos. Todos negaram participação nos crimes.
Interrogado, Bruno declarou que na data dos fatos estava visitando sua mãe no Argollo Ferrão, quando ouviu sons de disparo de arma de fogo e viu três pessoas correndo. Sentiu uma dor nas costas e percebeu que havia sido atingido. Pediu ajuda e foi levado por familiares para o hospital.
O réu Alessandro Henrique alegou que na data e horário estava na casa da sogra. Após ter sido preso, disse que foi agredido e obrigado a assinar um depoimento contendo informações que ele não prestou.
O réu absolvido e o acusado Breno (condenado) negaram a prática dos crimes. Disseram que na data dos fatos estavam na casa de parentes. Afirmaram ainda imaginam que um dos réus tenha citado os nomes deles porque eles se envolveram em uma briga de futebol, algum tempo antes.
Na sentença, o juiz observou que dois dos envolvidos são réus primários, mas o magistrado considerou a gravidade dos crimes, ao fixar as penas. A Justiça negou aos condenados a possibilidade de recorrerem em liberdade.
Em relação ao réu absolvido – insuficiência de provas -, o juiz do caso mandou expedir alvará de soltura. Os demais podem recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).]
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