Júri é cancelado após mais de oito horas de seu início por falta de exame
O Tribunal do Júri desta quarta-feira (18) foi cancelado após mais de oito horas de seu início, por falta de exame de insanidade mental dos acusados, sendo que um novo julgamento deve ser marcado. Paulo Sérgio Martins e Célia Regina Machado, de 51 e 55 anos, respectivamente, são acusados do homicídio contra o pintor Adilson Pereira Leite, de 51 anos, registrado em março de 2020, no Jardim Santa Antonieta, zona norte de Marília.
O julgamento teve início às 9h30 no Fórum local. As testemunhas foram ouvidas, bem como o réu Paulo Sérgio Martins, que permaneceu preso durante o processo. No momento dos debates entre a promotoria e os advogados, surgiu a tese da defesa de que os réus seriam inimputáveis, ou seja, que não teriam condições mentais de discernimento sobre os atos praticados.
Foi então verificado que não havia sido feito nenhum exame para constatação de possível insanidade mental. Para não correr o risco de anulação do Júri, ele foi cancelado, próximo das 18h.
Com isso, o réu retorna para o sistema prisional. A mulher seguirá respondendo ao processo em liberdade. Os dois acusados de envolvimento no crime deverão passar pelo exame, para que então seja marcada uma nova data de julgamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), a mulher era ex-companheira da vítima e teria ido até a casa do pintor para buscar um documento, na companhia do seu atual parceiro. Após um desentendimento, Paulo teria começado a agredir Adilson. A acusação indica ainda que o crime ocorreu sob incitação da mulher.
Durante a briga, o acusado esganou a vítima, o asfixiando até a morte.
O CRIME
Na época, a polícia informou que identificou o autor do crime, um coletor de recicláveis, com 48 anos então, e que era morador do mesmo bairro.
O assassino confessou que, no final da noite do dia 27 de março, foi até a casa da vítima em companhia de uma faxineira, que tinha 51 anos na época. Ambos estavam embriagados e sob efeito de crack, em busca do documento de um veículo.
O pintor e o coletor se desentenderam e entraram em luta corporal. O criminoso segurou a vítima pelo pescoço e lhe desferiu diversos socos no rosto, até que Adilson caísse de costas no chão, batendo a cabeça na parede.
A mulher negou que tivesse presenciado o crime, embora o autor tenha afirmado isso de forma categórica. A faxineira estava morando na casa do pintor, e no início de 2019, já havia esfaqueado a vítima. Na época, a polícia apurava eventual participação dela no crime de homicídio.
Faça parte do nosso grupo de WhatsApp. Entre aqui!