Juiz dá 90 dias para prédio histórico de Marília ter AVCB
O juiz da 2ª Vara da Justiça Estadual de Marília, Ernani Desco Filho, deu o prazo de 90 dias para o condomínio edifício Ouro Verde, localizado no Centro de Marília, ter regularizado o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), sob pena de multa de até R$ 30 mil.
A decisão, com data desta terça-feira (16), consta em Ação Civil Pública de Fiscalização movida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), através do promotor Gustavo Henrique de Andrade Cordeiro.
O MP-SP agiu após representação do Corpo de Bombeiros, que assim como a Promotoria, teria tentando resolver as irregularidades – como a ausência do AVCB – de forma administrativa – sem precisar de uma ação -, sem sucesso.
“Conforme vistoria ’in loco’ no requerido condomínio, em que se constatou a ausência de Auto de Vistoria de Corpo de Bombeiros no edifício Ouro Verde, revelando a existência de irregularidades na segurança da edificação”, consta na decisão judicial.
Construído em 1952, o edifício Ouro Verde – localizado na avenida Sampaio Vidal, próximo à esquina com rua Dom Pedro – tem o título de mais antigo prédio de escritórios de Marília.
Idealizado pelo fazendeiro e negociante Jupira Souto, foi anunciado na década de 1950 como um dos mais modernos do interior paulista. O nome foi uma alusão ao café, verdadeiro “ouro verde” de muitos empreendedores da época, inclusive o próprio investidor.
Conforme apurou o historiador Paulo Corrêa de Lara, as salas foram vendidas em apenas oito dias. Na mesma época, Souto construiu prédios similares em Garça e em Lins. O edifício tem história cadastrada na Comissão de Registros Históricos de Marília.
O sucesso do Ouro Verde foi tanto que motivou outras construções, à época imponentes, na avenida Sampaio Vidal. Um deles foi o Edifício Marília, mais alto que o antecessor e híbrido entre comercial e residencial.
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