Juiz autoriza sindicato a comprar vacinas; em Marília não há movimento
A decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), de permitir a compra de vacinas por um sindicato no Estado de São Paulo, abre precedentes e gera expectativa a outras categorias profissionais e comarcas.
Em Marília, a entidade que representa os trabalhadores das indústrias do setor alimentício recebeu a notícia com otimismo, mas acredita que o custo poderia ser partilhado com os empregadores.
A Justiça autorizou, em decisão do desembargador Johonsom Di Salvo, assinada nesta segunda-feira (5), a importação de um volume entre 500 mil a um milhão de doses pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Campinas, Paulínia e Valinhos.
A meta da entidade é imunizar 80 mil trabalhadores dos municípios e seus familiares. O excedente seria doado ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A compra, porém, ainda não está garantida. A União tem recorrido de decisões que liberam a aquisição pelo setor privado, e ainda há a possibilidade de recurso no próprio TRF-3.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentos de Marília e Região (Stiam), Wilson Vidoto Manzon, afirma que o interesse existe, mas seriam necessárias informações sobre o custo.
“Somente os trabalhadores são 8 mil em Marília, além de seus familiares”, pondera o sindicalista. Questionado sobre eventual conversa com o setor patronal, sinalizou positivamente. “Podemos verificar”.
A reportagem procurou outros sindicatos, como a entidade que representa comerciários e metalúrgicos em Marília, mas não obteve retorno.