Jornalistas e admiradores lamentam a morte de Boechat
O jornalista Ricardo Eugênio Boechat, de 66 anos, morreu na queda de um helicóptero no Rodoanel no início da tarde desta segunda-feira, 11. A aeronave caiu no quilômetro 7 do Rodoanel, próximo ao acesso à Rodovia Anhanguera, na chegada a São Paulo, em cima de um caminhão.
A morte do jornalista teve grande repercussão nas redes sociais. O presidente Jair Bolsonaro comentou que recebeu com pesar a notícia.
Boechat era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM, além de ser colunista da revista IstoÉ. Trabalhou no Estado e, também, nos jornais O Globo e O Dia.
É ganhador de três prêmios Esso e, segundo o site da Band, é um dos maiores ganhadores da história do Prêmio Comunique-se, em que foi reconhecido como âncora de rádio, âncora de televisão e colunista. Também foi eleito o jornalista mais admirado do País na pesquisa do site Jornalistas&Cia em 2014.
A confirmação da morte do jornalista veio da direção de jornalismo da Band. Ele estava voltando de Campinas, onde tinha ido dar uma palestra.
O apresentador José Luiz Datena interrompeu a programação da Band nesta tarde para confirmar a morte de Boechat. Emocionado, Datena disse que ele era “uma pessoa especial” e um dos maiores jornalistas do País.
Boechat era torcedor do América-MG, que prestou homenagem ao jornalista nas redes sociais. “Expressamos nossos sentimentos à família e aos amigos do jornalista e das demais vítimas desse triste acidente.”
Jornalistas e admiradores também lamentaram a morte de Boechat. “Tristeza e luto nessa tragédia para o jornalismo brasileiro. Perdemos uma referência para o jornalismo combativo e questionador”, escreveu Flávio Fachel, apresentador do Bom Dia RJ.
“Tá difícil de segurar a onda por aqui. Um dia choro por centenas, noutro por dezenas, agora choro por um colega: Ricardo Boechat, agora não! O jornalismo precisa de você”, escreveu Milton Jung, da CBN.
A colunista do BR 18 e colunista do Estado Vera Magalhães chamou o jornalista de “referência do jornalismo, colunista, como âncora”. “Com tudo o que era, conseguia ser generoso com quem tinha menos experiência. No encontro que tivemos, me brindou com essa generosidade que nem sei se merecia.”
Já o jornalista André Trigueiro lembrou do período em que trabalhou com Boechat na TV Globo.
“Jornalista valente, corajoso, contundente, um dos grandes nomes dessa nossa profissão”, disse. “Ricardo Boechat era um voz contestadora na imprensa, fará muita falta”, lamentou Mauro Cezar, jornalista da ESPN.
A jornalista Miriam Leitão, da TV Globo, também falou sobre a morte do “querido amigo”. “Não posso acreditar. Eu lhe devo tantos favores, tantas palavras generosas em momentos difíceis. Você foi pessoa linda, jornalista maravilhoso.”
“Meus sentimentos para a família do Boechat, um dos melhores e mais geniais jornalistas e comunicadores do Brasil”, escreveu o comentarista internacional Guga Chacra.