Invasão em Brasília é comparada ao ataque ao Capitólio nos EUA
A mídia internacional deu destaque à cobertura das ações de grupos radicais em Brasília neste domingo. Jornais dos Estados Unidos, Europa e América Latina descrevem cenas de vandalismo, enquanto relacionam os acontecimentos deste domingo, 8, à invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
Nos mesmos moldes do que acontece neste domingo, o movimento foi promovido por eleitores do ex-presidente americano Donald Trump que questionavam os resultados da disputa presidencial.
Com chamada na página principal do site, o jornal francês Le Monde publicou: “as imagens impressionantes, que lembram a tomada do Capitólio dos Estados Unidos, mostram uma verdadeira maré humana fluindo em direção ao Congresso”.
Na mesma linha, a agência de notícias Reuters classificou os ataques deste domingo como “um eco da invasão ao Capitólio em 2021”. A matéria destaca ainda que milhares de manifestantes invadiram os prédios e foram vistos na televisão quebrando móveis dentro da Suprema Corte e do Congresso.
Já o argentino Clarín, que conta com transmissão ao vivo de Brasília, aponta uma “explosão de fúria e caos no Brasil”, enquanto também compara com o incidente do Capitólio. O texto aponta a manifestação como violenta, motivada por pedidos de intervenção militar para derrubar o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, uma semana após sua posse.
Ao também citar as semelhanças entre os ataques em Brasília e Washington, a BBC ressalta que Donald Trump e Bolsonaro são aliados. “Os manifestantes quebraram janelas, enquanto outros pularam em assentos e usaram bancos como escorregadores”, relata ainda a publicação.
Para o New York Times, manifestantes protestam contra o que “falsamente acreditam ter sido uma eleição roubada”. “Foi a culminação violenta de incessantes ataques retóricos do Bolsonaro e seus apoiadores contra os sistemas eleitorais do País”, complementa.
O site da emissora americana ABC News, por sua vez, noticiou que os apoiadores de Bolsonaro se recusam a aceitar sua derrota eleitoral. Segundo a matéria, um movimento desse tipo já vinha sido alertado por analistas políticos e autoridades há meses.