Início de obra para construção de creche na zona Sul atrasa
A Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Pedacinho do Céu – uma nova instituição para atender crianças de até três anos – ainda pode estar distante de virar realidade.
A unidade deve funcionar no antigo prédio da escola Reny Pereira Cordeiro, na rua Antártica. Apesar do contrato assinado com a construtora, o que se vê no local são escombros.
Em junho passado, a Prefeitura anunciou licitação, com a abertura das propostas no final do mesmo mês. A oferta mais vantajosa foi da Construmedici Engenharia e Comércio Ltda., ao custo de R$ 1.407.525,47. O contrato foi assinado no dia 13 de agosto.
Passados dois meses, ainda não houve a ordem de serviço. Moradores da região estão revoltados com a situação e pedem providências.
Difícil explicar o abandono para o mototaxista Roberto Otávio Filho, que mora perto da escola. Ele leva o filho, que tem apenas quatro anos, do outro lado da cidade para receber atendimento especializado (autismo), em uma instituição.
“Por que não doam para uma entidade dessa, cria alguma serventia para esse lugar. Antes tinha janelas, portas, tinha patrimônio. Com o tempo, foram levando tudo, ficaram só escombros e só serve para atrair problemas”, denuncia.
A falta de portões ou de qualquer outra barreira na entrada no prédio público virou uma oportunidade para usuários de drogas. Pelo chão é fácil encontrar embalagens vazias das usadas para vender entorpecentes, além de muita sujeira, peças de roupas, calçados e até colchões velhos.
O prédio se deteriorou ao longo dos anos. A desocupação aconteceu em 2011, quando a escola municipal Professora Reny Cordeiro foi transferida e passou a funcionar em outro imóvel, na mesma região.
A obra anunciada pela Prefeitura – com execução atrasada em pelo menos dois meses – é resultado de um convênio federal, com contrapartida do município. A previsão é que os serviços sejam executados em um ano, a partir do início da reforma.
OUTRO LADO
O Marília Notícia procurou a Secretaria Municipal de Obras. O titular da pasta, Fábio Oliveira, que assumiu o cargo neste mês, afirmou ser “questão de dias” para que a construtora receba ordem de serviço. O gestor disse ainda que foi necessário um “ajuste no objeto do contrato”, o que teria gerado a demora. O MN acompanha o caso.
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