Vacinação alivia tensão para grupos de risco com mais de 50 anos
Mais 2,3 mil pessoas em Marília estão próximas da imunidade à Covid-19, através da vacina. No último sábado (15), no ginásio de esportes da Universidade de Marília, pessoas com mais de 50 anos, que comprovaram alguma comorbidade definida pelo Ministério da Saúde, tiveram acesso ao tão esperado imunizante.
A sensação relatada pela maioria é de alívio. Todos deixam o local – onde está sendo aplicada a vacina Oxford/AstraZeneca – orientados de que precisam continuar adotando as cautelas, para prevenção à doença.
Esposa de um agente funerário, dona Aída Stella dos Santos Mazini, de 58 anos, tem hipertensão e diabetes. O companheiro, relata, já foi vacinado. Mesmo assim, na casa deles a rotina de cuidados não mudou.
“É uma doença séria. Meu marido está trabalhando como nunca, infelizmente. As folgas estão suspensas, por conta do volume de trabalho. É muito triste isso que está acontecendo. A vacina é fundamental, é muito importante. Cada vida, cada dose, importa muito”, disse dona Aída.
A diabetes e pressão alta também levaram o autônomo Carlos Alberto Luzbelo, de 53 anos, a ser vacinado neste sábado (15), mais cedo do que ele mesmo imaginava. “Não tem outra palavra, a gente fica um pouco aliviado. Agora é esperar a segunda dose”, disse.
Aparecida Maria Servilha Martins, comerciária, tem 52 anos e diabetes e hipertensão. O marido é cardiopata e o filho está se recuperando de um câncer. Para ela a vacina é vital. “Enquanto não estiverem todos vacinados a gente não fica tranquila”, disse.
Costureira, Lúcia Helena Pereira Domingues, de 53 anos, convive com a pressão alta e a obesidade. Ela não conseguiu conter a alegria ao receber o imunizante. As notícias sobre o perfil das vítimas fatais e graves sempre a preocuparam.
“A gente sabe que para algumas pessoas a doença pode ser bem mais perigosa. Então a vacina traz alegria. É a palavra para o dia de hoje. Não podemos baixar a guarda, temos que continuar tomando cuidado, mas, agora, vacinada em primeira dose, com mais chances de vencer o vírus”, acredita.
A auxiliar de produção Deusa Francisca Urias, de 57 anos, não esperava que poderia estar vacinada ainda neste semestre. Ela ficou surpresa com o andamento da campanha e com a antecipação para as pessoas com comorbidades.
“O que a gente espera agora é que tenha mais vacinas, para mais pessoas também ficarem protegidas. Que tudo isso acabe logo, porque essa doença já provocou muita tristeza para várias famílias”, disse.
O supervisor da Vigilância Sanitária em Marília, Luciano Vilela, um dos coordenadores da ação no ginásio neste sábado, disse que a estratégia adotada em Marília está sendo bem sucedida.
“Não está havendo nenhum tipo de aglomeração. As pessoas vêm com agendamento, cada uma no seu horário, quem chega mais cedo, claro, espera um pouco mais, porém, não temos longa espera. A ideia é que seja tudo muito rápido, com rotatividade e segurança”, disse.
Marília prevê a imunização de profissionais de saúde no início dessa semana, para completar o grupo que ainda não havia recebido o imunizante – duas doses – no início da campanha.
A próxima semana deve terminar com grande mobilização, para que sejam vacinadas as pessoas com 45 anos ou mais com comorbidades. Nestes grupos também está sendo incluído quem têm deficiência permanente.
Conforme a plataforma VacinaJá, do Governo do Estado de São Paulo, Marília já aplicou 89.254 vacinas, desde o dia 19 de janeiro.
Já chega a 57.916 o total de moradores que receberam pelo menos uma dose (24,13% da população). Pelo menos 31.338 (13,05%) foram vacinados com duas doses do imunizante.