Indicador recua 19% e Marília apresenta queda no número de furtos, aponta SSP
Atualização do painel estatístico da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, com a inclusão dos dados de abril, aponta que o número de furtos em Marília segue tendência de recuo em 2024. Já no indicador de roubos, os dados apontam estabilidade, com média de quatro casos por semana.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (27). Ao menos em abril, os indicadores de crimes contra a vida – que já estavam desfavoráveis no primeiro trimestre – não pioraram em abril. No caso dos homicídios, a cidade soma neste ano sete casos; ante a cinco nos primeiros quatro meses de 2023.
No caso dos roubos – quando a vítima está diante do criminoso, sob algum tipo de ameaça –, a queda no comparativo com os dois períodos é de apenas 1,82%, caíram de 55 para 54 no quadrimestre.
Já em relação aos furtos – em geral, praticados sem a presença da vítima ou necessariamente nenhuma ameaça –, o recuou foi expressivo, 19,30%, de 1.005 em 2023 (de janeiro a abril) para 811 nestes primeiros meses do ano.
O cenário para Marília também é positivo em relação aos furtos específicos de veículos, que são tabulados separadamente pela SSP. O número de motos, carros e demais automotores levados por ladrões caiu de 48 para 36. A cidade teve um roubo de carga no primeiro quadrimestre; em 2023, mesmo período, não houve.
ESTUPRO
A violência sexual [ao menos denunciada] caiu em relação aos vulneráveis. Entre janeiro e abril de 2023, foram 24 casos notificados à polícia; neste ano, 16.
Em relação às vítimas com mais de 18 anos ou não-vulneráveis (sem deficiência ou outra característica de aumento da fragilidade física ou mental), o número é praticamente estável: sete casos em 2023 e oito em 2024, considerando o quadrimestre.
Vale lembrar que a melhora aparente nos números, em relação às agressões sexuais, não significa inexistência do problema, já que muitos casos ainda deixam de ser denunciados. O crime persiste e ainda agride a coletividade, por isso deve ser denunciado.
PRODUTIVIDADE POLICIAL
A chamada produtividade policial, que reúne indicadores que apontam a resposta ao crime, piorou em nove de 14 itens tabulados.
O número de presos em flagrante caiu de 284 para 249 (-12,32%). Queda também no total de prisões – o que inclui foragidos da Justiça em geral, pessoas presas por mandado, em operações – recuou de 724 para 662 (-8,56%).
O total de inquéritos instaurados pela Polícia Civil caiu de 876 para 859 (-1,94%). Aumentou, porém, o combate ao tráfico (87 ocorrências, ante a 79), com elevação de 10,3% nos registros. Mais armas foram apreendidas nestes quatro primeiros meses do ano: de 27 para 30.
É importante destacar que, embora classificado com “produtividade policial”, o conjunto de indicadores não reflete, isoladamente, a qualidade do trabalho das polícias.
Pela Constituição Federal, as forças militares dos estados e a Polícia Judiciária trabalham pela ordem social. Com a redução do número de crimes, automaticamente espera-se menos presos, menor número de armas e drogas nas ruas e queda do número de pessoas levadas à Justiça.