Incêndio destrói parte do que sobrou de mata ciliar na Represa Cascata
Localizada na zona Leste de Marília, a Represa Cascata já sofre severas consequências por possuir pouquíssima mata ciliar.
Para piorar a situação, boa parte das árvores que sobravam próximo das margens foram destruídas por um incêndio recente.
O Marília Notícia esteve no local neste domingo (4) e constatou o estrago provocado pelas chamas.
O fogo consumiu centenas de árvores que ajudavam a segurar a terra, impedindo seu arrasto para dentro da represa, o chamado carreamento, além da erosão.
Já o assoreamento, que é o depósito desse material no fundo da represa, diminui a capacidade do reservatório.
Por causa da estiagem, o nível caiu a patamares que recentemente fizeram o Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem) anunciar a interrupção da captação feita ali.
Com a queda no nível, fica evidente o acúmulo de terra em montes que agora forma ilhas e nas bordas da represa, cujo leito recuou dezenas de metros.
Em condições normais, 30% da água que abastece a cidade sai dali, mas agora está sendo bombeada de uma represa próxima.
No começo do ano o MN denunciou o avermelhamento da Cascata, problema envolvendo erosão, carreamento e assoreamento. O excesso de terra na água é outra situação que complica sua captação.
Outro lado
O site procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura para saber se existe um plano de recuperação da mata ciliar da Represa Cascata e quando ele começa a ser executado.
Por meio de nota, a administração municipal respondeu que “há o projeto do Parque Linear da Cascata, que é apenas uma primeira fase de implantação de um parque que abrangerá todo o manancial da Represa Cascata, indo da Represa até a divisa do Bairro Maria Izabel junto a entrada da Radial Leste e fundo do Bairro Tropical”.
“Nessa primeira etapa a intervenção prevista ocorrerá no entorno do reservatório através de uma trilha linear composta por passarelas nos trechos mais críticos e trilhas feitas com materiais permeáveis. Um projeto paisagístico está sendo executado por uma empresa especializada, juntamente com o projeto de um sistema de irrigação, de forma que haverá uma melhoria nas condições ambientais no entorno do reservatório, que passará por reflorestamento e manejo de solo. As áreas onde se encontram as nascentes não serão contempladas nessa fase, mas a ideia e estender o projeto a todo o manancial da Represa, na medida em que novos projetos de parcelamento de solo sejam aprovados no entorno. O projeto está inscrito no programa Avança Cidades do Governo Federal, sendo financiado pela Caixa Econômica Federal, num custo estimado de 4 milhões de reais”, completa a nota.