Imbróglio entre Proseg e Prefeitura continua
Os cerca de 150 funcionários da Proseg, que prestavam serviços de zeladoria nas escolas municipais de Marília, foram demitidos após o término do contrato com a Prefeitura no final de março. Os ex-funcionários reclamam de irregularidades nos acertos trabalhistas.
Era negociada uma renovação no contrato com o município, que não deu certo. Trabalhadores ouvidos pela reportagem do Marília Notícia relataram dramas familiares, com acúmulo de contas e dívidas bancárias.
A demissão acontece, segundo relatos, sem o pagamento dos salários de dois meses atrasados, parte do 13º do ano passado, multa de 40% sobre o FGTS e outros direitos trabalhistas.
Um ex-funcionário ouvido pela reportagem disse que “só estão dando baixa na carteira para retirarmos o Fundo de Garantia e dar entrada no seguro desemprego”.
Sandra Aparecida Santos Oliveira, 43 anos, casada com um zelador que trabalhou durante seis na empresa deu detalhes sobre a situação. “Disseram que a Prefeitura não acertou [as dívidas] com a empresa, que não pode acertar [o que deve] com os trabalhadores”.
Sandra e o marido estão desempregados e possuem dois filhos para cuidar. “Foram vários meses de atraso no salário do meu marido e acabaram embolando as contas de luz, água, entre outras. Tivemos que pegar dinheiro no banco e estamos devendo um monte”, lamenta a mulher.
Os zeladores realizam serviços nas escolas municipais como o cuidado com o portão na entrada e saída de alunos, limpeza, manutenção, monitoria do pátio, entre outras funções.
Outro lado
A reportagem do MN falou com uma representante da empresa Proseg, que disse que não tinha tempo para dar explicações.
Também foi procurada a assessoria de imprensa da Prefeitura para comentar o caso. Em nota, o poder público disse que em decorrência dessa situação, “houve a necessidade da realização de uma reunião entre a Administração e as Diretoras das escolas, para que fosse disciplinado o remanejamento de Servidores de carreira para a execução dessas atividades, dentro de suas funções, junto as unidades escolares, o que representará economia anual em torno de R$ 6 milhões para o Município”.
“Vale ressaltar que recentemente o Ministério Público do Estado de São Paulo ajuizou Ação Civil Pública, questionando a legalidade do objeto do Contrato com a empresa PROSEG Serviços”, disse a Prefeitura.
Questionada quanto deve para a empresa a Prefeitura não respondeu.