Imagens mostram situação de cela após incêndio na penitenciária

Imagens obtidas pelo Marília Notícia revelam a situação da cela do Pavilhão de inclusão da Penitenciária de Marília após o incêndio que resultou na morte de oito detentos. Os registros, anexados aos autos da investigação da Polícia Civil, evidenciam a destruição causada pelo fogo e a intensa impregnação de fuligem no ambiente.
O material visual reforça as conclusões do laudo elaborado pelo Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica de São Paulo, que aponta que o incêndio teve início no interior de uma das celas do pavilhão, espaço anexo à enfermaria da unidade prisional. Segundo o documento, o local era utilizado como depósito de materiais, condição que favoreceu a propagação das chamas.
As imagens mostram paredes, piso e estruturas internas cobertos por fuligem, além de danos compatíveis com a grande produção de fumaça descrita. De acordo com o laudo, a fumaça se espalhou por corredores e atingiu inclusive as janelas externas, o que reforça que o incêndio ocorreu em ambiente confinado.

O Pavilhão de Inclusão é uma construção térrea, em alvenaria, destinada à recepção de presos recém-chegados antes da inclusão junto à população carcerária. O incêndio ocorreu em 25 de novembro de 2025, no complexo prisional localizado às margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), no distrito de Padre Nóbrega.
Embora o laudo pericial descreva minuciosamente o cenário do incêndio e identifique o ponto de origem das chamas, ele não atribui responsabilidades criminais nem detalha as causas imediatas das mortes, limitando-se ao exame técnico do local.
O documento é considerado peça-chave para o avanço das investigações e deve embasar eventuais responsabilizações administrativas ou penais relacionadas ao caso.



