“Ilhados” por pedágio fazem novo protesto e recebem mais promessas
A Câmara de Marília recebeu na segunda-feira (13) mais uma vez manifestantes que ficarão “ilhados” pelo pedágio na rodovia SP-333 prestes a entrar em funcionamento. Palavras de ordem, cartazes e mais promessas marcaram a sessão.
Na semana passada alguns vereadores já haviam assinado uma espécie de “termo de compromisso” com as dezenas de famílias marilienses que precisarão pagar para vir dos distritos isolados até a cidade.
“Revogação, já” era um dos gritos ouvidos pelos vereadores durante a sessão ordinária de ontem. Eles cobram a revogação de uma lei enviada pelo prefeito Daniel Alonso (PSDB) que fechou a estrada municipal MAR-114 recentemente.
A estrada serviria para eles desviarem da praça de pedágio da concessionária Entrevias. A alegação é de que a rota poderia ser utilizada por outros motoristas como forma de evitar a cobrança, impactando o movimento e a segurança local.
A empresa ficou, em contrapartida, com a obrigação de dar manutenção em alguns trechos de estrada de terra que passam pela região afetada.
Em reunião no mês passado, representantes da Prefeitura e alguns vereadores já haviam prometido que, caso a Artesp (agência reguladora das concessões de estradas) não concedesse isenção aos marilienses ilhados, a lei que fechou a estrada rural seria revogada.
Mais recentemente o presidente da Câmara, Delegado Wilson Damasceno (PSDB), que esteve na reunião de julho, disse ao Marília Notícia que a revogação precisa necessariamente ser proposta pelo Executivo.
A reportagem do MN questionou a assessoria de imprensa do município, mas não houve retorno sobre o tema.
Nesta terça-feira (14) o líder do governo na Câmara, vereador Marcos Rezende (PSD), confirmou que fez novas garantias aos manifestantes em nome do Executivo.
De acordo com o parlamentar, o prefeito deve apresentar proposta de revogação da lei que fechou a estrada, caso não haja alternativa.