“Ilhados” fazem 3ª semana de protesto na Câmara
Pela terceira semana seguida a sessão ordinária da Câmara de Marília recebeu manifestação de marilienses “ilhados” pelo pedágio na rodovia SP-333 prestes a entrar em funcionamento. Mais uma vez insatisfação e cartazes denunciando promessas ainda não cumpridas por vereadores e Prefeitura.
Representantes da administração municipal em reunião com moradores da Fazenda do Estado, Vila Bela, Granja Shintaku, Centro Mesquista e outros bairros rurais, prometeram no mesmo passado enviar um projeto de lei revogando o fechamento da estrada rural MAR-114, o que ainda não aconteceu.
A estrada serviria para os “ilhados” desviarem da praça de pedágio da concessionária Entrevias. A alegação é de que a rota poderia ser utilizada por outros motoristas como forma de evitar a cobrança, impactando o movimento e a segurança local.
O fechamento foi aprovado pelos vereadores após envio do projeto de lei da Prefeitura, que ainda tenta negociar a isenção do pedágio para os marilienses afetados. A Artesp (agência reguladora) tem indicado pela impossibilidade da isenção.
Nas últimas semanas alguns vereadores já assinaram uma espécie de “termo de compromisso” com os moradores que serão afetados.
Recentemente o presidente da Câmara, Delegado Wilson Damasceno (PSDB), que esteve na reunião de julho com os moradores, disse ao Marília Notícia que a revogação precisa necessariamente ser proposta pelo Executivo.
A reportagem do MN questionou a assessoria de imprensa do município diversas vezes e até o próprio prefeito Daniel Alonso (PSDB), mas não houve retorno sobre o tema.
Na última semana o líder do governo na Câmara, vereador Marcos Rezende (PSD), reafirmou o compromisso do Executivo com os manifestantes.
De acordo com o parlamentar, o prefeito deve apresentar proposta de revogação da lei que fechou a estrada, “caso não haja alternativa”. Outros interlocutores também têm falado no mesmo sentido.
Não é bem assim
De acordo com os manifestantes, parte dos vereadores agora tentam convencê-los de que a reabertura da estrada municipal é inviável, “descartando a possibilidade de revogação da lei questionada, fato que mais uma vez frustrou a expectativa dos presentes”.
Os organizadores do protestos afirma que os vereadores “enfatizaram que dadas às circunstâncias e a atual situação, o acesso à vicinal, que demanda a travessia da SP-333, poderia dar causa a inúmeros acidentes de trânsito, de modo que a única alternativa viável seria buscar-se a isenção do pedágio”.
“Sendo assim, os 13 vereadores se comprometeram a marcar uma reunião nos próximos dias com o Prefeito Daniel Alonso e a concessionária Entrevias para tratar do tema”, afirmam os manifestantes em nota enviada ao Marília Notícia.