Ihoshi discute penas para coibir furtos de cabos
Os inúmeros de casos de furtos e roubos de cabos utilizados para o fornecimento de energia elétrica e telecomunicações no país sensibilizou o deputado federal Walter Ihoshi (PSD) quanto aos prejuízos causados à população devido a interrupção dos serviços.
Devido a isso, o parlamentar solicitou uma Audiência Pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) da Câmara, realizada na quinta-feira (31), em conjunto com a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) para discutir a oneração destes tipos de crimes aos consumidores e prestadores de serviços públicos.
Para Ihoshi, essas ações criminosas tornam inoperantes, por períodos consideráveis, os serviços de distribuição e implicam custos não previstos na reposição de equipamentos e deslocamento de equipes para a manutenção básica da rede.
“É recorrente este cenário de interrupção do fornecimento de serviços de energia elétrica, de telecomunicações e de internet banda larga e fixa a comunidades inteira. Essas ações, além de ocasionar transtornos aos cidadãos comuns pela falta de eletricidade ou da impossibilidade de comunicação por voz ou dados, causam prejuízos enormes a órgãos públicos, como escolas e hospitais, pois inviabilizam o uso dos locais e equipamentos para a realização de atividades diárias”, ressaltou.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), estima-se que cerca de 4 mil km de cabos são roubados ou furtados no país todo ano.Este número traz como consequência ao governo uma perda na receita de quase R$ 300 milhões anuais. Por causa dessas interrupções, 5 milhões de clientes ficam sem a disponibilização dos serviços.
Além dos cabos que são feitos de cobres – atrativos para as ocorrências dos crimes -, equipamentos como transformadores, consutores, medidores, conexões também são alvos dos criminosos.
“Propomos essa discussão porque diante dos prejuízos causados temos que compor um justo diagnóstico no cenário atual de impunidade. Não é justo que cidadãos comuns tenham as contas desses serviços básicos e essenciais para suas residências reajustadas, assim como, as prestadoras sofram com esse ônus. Há a necessidade de penas aplicáveis tanto para quem furta quanto para quem recebe esses equipamentos roubados”, pontuou Ihoshi.
Inconsequência – Em dezembro do passado, um homem foi encontrado eletrocutado em um poste da CPFL, no Jardim Cavallari, na zona leste de Marília.
De acordo com a Polícia Civil, a hipótese é de que a vítima estivesse tentando furtar fios de cobre quando recebeu uma descarga elétrica, pois no cenário do acidente havia um bastão de madeira usado para desarmar as chaves que interrompem a passagem de eletricidade pela rede.