Idosos aprovam e aproveitam preferência para votar nas primeiras horas
A pandemia do coronavírus, que pode aumentar a abstenção dos idosos nas eleições, ainda não permite estimativas, mas o horário preferencial para quem tem mais de 60 anos levou muita gente experiente às seções eleitorais de Marília neste domingo (15).
Pela manhã, nas imediações da escola estadual Amilcare Mattei, na zona Leste (um dos maiores locais de votação da cidade), houve fila. A espera, na abertura dos portões, passou de 20 minutos.
O movimento de idosos, até às 10h, ainda era grande, quando começava a se intensificar também a procura das pessoas mais jovens.
A aposentada Waldira dos Santos Doreto, de 81 anos, e o marido Luciano Doreto, de 85, fizeram questão do ato de cidadania.
Ela formou-se em Direito após chegar na “terceira idade” e destacou a importância de participar. “Eu faço questão de votar. É nossa obrigação e responsabilidade fazer uma escolha, que seja mais adequada”, disse.
O marido concorda. “Votamos nessa escola há muitos anos. Esse horário que deixaram preferencial foi muito bom, porque realmente não foi um ano fácil para o idoso”, comenta.
Em 2016, nas últimas eleições municipais, 46 pessoas com mais de 90 anos votaram em Marília. Outros 699 idosos tinham entre 80 e 89 anos.
A eleição teve ainda 1.384 pessoas entre 75 e 79 anos, como o aposentado Severino Francisco da Silva, 75, que vota na zona Oeste. Ao ser ouvido pelo Marília Notícia neste domingo ele destacou a importância do voto e deu bronca nos candidatos por causa da sujeira.
“O camarada tem que fazer a campanha durante o período a que tem direito e não fazer isso daí no dia da eleição. Amanhã estou aí tendo que limpar. Fica uma coisa feia, não é? Se chover vai entupir bueiro”, afirmou o aposentado.
Com os números que devem ser divulgados pelo TSE por faixa etária, será possível mensurar o impacto da pandemia e do momento político na disposição para votar, entre os idosos com mais de 80 anos, e a chamada terceira idade, a partir dos 60.