Idosa sofre com falta de remédios em Marília
Familiares de uma idosa de 76 anos, diagnosticada com demência, Alzheimer e acamada desde que teve a perna amputada, não sabem mais a quem recorrer para conseguir os remédios e alimentação que em tese deveriam ser disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com a filha Silvia Helena de Araújo Alves Macarenhas, de 50 anos, há quatro anos a família, que mora próximo da Fazenda do Estado, zona rural de Marília, passa por dificuldades por causa dos problemas de saúde da idosa.
“Minha mãe já fazia o tratamento para o Alzheimer e a demência quando foi diagnosticada com uma trombose, a doença evoluiu e precisaram amputar uma das pernas. Já em casa se recuperando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), por sorte ela não teve a coordenação motora danificada”, contou a filha.
A idosa Nair Araújo Alves desde então se alimenta através de sonda. Por mês a família chega a usar 15 latas do suplemento em pó, mas a secretaria de saúde disponibiliza em média uma lata por mês (houve época em que era uma lata a cada 10 dias).
“Precisamos dar a ela seis alimentações por dia, desta maneira usamos uma lata a cada dois dias. Cada pote de suplemento custa R$ 63, por mês gastamos R$ 945”, disse Silvia.
Além disso, a idosa precisa de vários medicamentos que estão em falta na rede pública e a família precisa comprar para que ela não sinta tantas dores.
“Todo começo de mês meu pai vai ao posto de saúde aqui do bairro para buscar os remédios, mas o Celestrazol, Respiridona e a Celestrina estão sempre em falta. Para não prejudicar ainda mais o estado de saúde dela a gente compra, a conta na farmácia fica em torno de R$ 150”, relatou Silvia.
A família sobrevive com as aposentadorias dos idosos, média de R$ 1.600 e o salário de um neto que é porteiro. Só com alimentação e medicamento é gasto todo mês R$ 1.095,00. A família é humilde e enfrenta muitas dificuldades diante destes gastos.
“Eu sonho em dar mais qualidade de vida pra minha mãe, tentamos de todas as formas juntar dinheiro para comprar uma cadeira de rodas resistente, que fosse possível andar com a minha mãe pelo sítio para tomar sol. Acho que diminuiria as escaras, mas é muito caro e não conseguimos. O dinheiro que temos damos prioridade para não deixar faltar as coisas para ela”, finalizou Silvia.
A reportagem do Marília Notícia entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Marília para saber mais detalhes em relação a falta de certos remédios, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.
O vídeo abaixo mostra o sofrimento que passa o seu Orozimbu Alves, membro da família. A reportagem do Marília Notícia optou por não divulgar as fotos da idosa acamada por considerar um conteúdo ‘forte’.
Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelos telefones (14) 9 9188-9797 ou (14) 9 9842-0727.