I Simpósio D’Arte da Unimar mostra a força da relação entre Direito e Arte
A Universidade de Marília (Unimar) recebeu acadêmicos, docentes e profissionais do direito para o primeiro ‘Simpósio sobre Direito e Arte (D’Arte)’, evento dedicado à exploração das conexões entre o campo jurídico e as diversas expressões artísticas. Em um ambiente enriquecedor e multidisciplinar, a oportunidade trouxe reflexões inovadoras e instigou os participantes a repensarem o papel da arte na formação e prática do Direito.
Com o objetivo de mostrar como a arte pode oferecer perspectivas mais humanizadas e profundas para a interpretação e aplicação do Direito, o D’Arte abriu espaço para o diálogo entre profissionais renomados e acadêmicos da graduação e pós-graduação, destacando o poder das expressões artísticas em enriquecer a compreensão de conceitos jurídicos.
O professor Renato Bernardi, organizador do Simpósio, ressaltou a importância do encontro para a formação acadêmica dos futuros juristas. “A interpretação de obras artísticas ajuda nossos estudantes a desenvolverem uma visão mais crítica e analítica sobre a prática jurídica. A interdisciplinaridade com a arte é transformadora e enriquece a maneira como nossos alunos vão interagir com o Direito”, destaca.
A programação incluiu palestras e apresentação de painéis e artigos sobre temas como “Constitucionalismo de Ficções” e “O Direito como Música”, ministrados por nomes reconhecidos, como pelo professor André Karam Trindade, professora Monica Sette Lopes e o professor Galdino Luis Ramos Júnior que inspiraram os participantes a enxergar o Direito sob um novo prisma.
Para o professor André Karam Trindade, palestrante de abertura, “a literatura e a arte oferecem às normas jurídicas uma dimensão interpretativa que vai além do texto escrito, tornando-as vivas e, de certo modo, sensíveis ao contexto social.”
INCENTIVO À PESQUISA CIENTÍFICA E PROTAGONISMO ESTUDANTIL
Outro ponto alto foi o incentivo direto à pesquisa acadêmica, com diversas apresentações de trabalhos de estudantes da graduação e da pós-graduação, as quais exploraram temas como direitos humanos, bioética e o impacto cultural de legislações.
Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação e Ação Comunitária da Unimar, Fernanda Mesquita Serva, o evento foi uma oportunidade de motivar a iniciação científica na graduação. “É gratificante ver nossos alunos dos primeiros anos do curso de Direito tão engajados e envolvidos com a pesquisa científica, um aspecto essencial para a formação de um profissional completo e preparado para os desafios sociais e jurídicos do país. A Unimar valoriza e incentiva cada passo de seus estudantes rumo ao desenvolvimento de uma visão mais ampla e crítica,” enfatiza.
Entre os trabalhos apresentados, destacam-se temas como a representação da pessoa trans no cinema brasileiro, as memórias esquecidas do Hospital Colônia de Barbacena e a influência da música na resistência cultural. “Cada um desses estudos foi um exemplo da capacidade dos alunos em relação ao Direito com questões sociais e culturais”, comemora o professor Renato Bernardi.
O D’ARTE COMO ESPAÇO PARA O FUTURO DO DIREITO
Bernardi reforçou que o D’Arte plantou a semente para uma visão de Direito mais acessível e próxima das realidades sociais e culturais brasileiras. “A arte nos ensina sobre empatia, análise crítica e nos dá uma nova lente para enxergar as normas jurídicas. Nosso objetivo é que seja o primeiro de muitos eventos que inspiram nossos alunos a expandir seus horizontes, integrando o Direito com outras disciplinas e criando uma prática jurídica mais humana e inclusiva”.
O D’Arte foi um exemplo de como a arte pode ajudar a construir uma formação jurídica mais sensível às complexidades do mundo moderno, oferecendo uma experiência enriquecedora para todos os participantes e demonstrando o compromisso da Unimar em promover um ensino jurídico inovador e inspirador.