Homem tenta matar ex e acompanhante em festa de torcida em Marília

Um homem de 35 anos foi preso em flagrante na noite deste domingo (21), após tentar matar a ex-companheira e o homem que a acompanhava com golpes de faca, em via pública, nas imediações da avenida das Esmeraldas, na zona leste, durante a comemoração após a final da Copa do Brasil. As duas vítimas sofreram ferimentos graves.
Conforme o apurado pela polícia, o crime ocorreu por volta das 22h, em meio à festa da torcida do Corinthians, em um ponto tradicional de concentração de torcedores.
O autor foi contido por populares logo após as agressões. Ele chegou a sofrer ferimentos em decorrência da revolta das pessoas que estavam no local e foi entregue à Polícia Militar. A abordagem ocorreu na rua dos Brilhantes, esquina com a rua das Opalas.
Canivete
Com o acusado, foi apreendido um canivete utilizado no ataque, além de um celular. Ainda no local, segundo a polícia, o homem confessou espontaneamente ter desferido os golpes contra a ex-companheira, uma auxiliar de serviços gerais de 35 anos, e contra um auxiliar de serviços gerais, de 28 anos, que estava com ela no momento da agressão.
As duas vítimas foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas ao Hospital das Clínicas (HC) de Marília, onde permaneceram internadas em estado grave, sem condições de prestar depoimento.
Duplo ataque
Levado a Central de Polícia Judiciária (CPJ), o homem foi autuado em flagrante por dupla tentativa de homicídio. No caso da mulher, há os agravantes de feminicídio tentado.
Os golpes atingiram regiões vitais do corpo, como o abdômen e o dorso, o que, para a Polícia Civil, evidenciou a intenção de matar, sendo que “o crime só não foi consumado pela intervenção de terceiros e pelo rápido atendimento médico.”
Em interrogatório, o acusado afirmou teria confessado que agiu movido por ciúmes, ao ver a ex-esposa acompanhada de outro homem. Para a Polícia Civil, o caso tem conduta típica de “tentativa de feminicídio, por ter ocorrido no contexto de violência doméstica e familiar.”
O homem permanece custodiado provisoriamente na CPJ e aguarda audiência de custódia. Um inquérito policial será instaurado para aprofundar a apuração.