Homem acusado de morte em bar vai a júri popular, decide a Justiça de Garça
Crime em um bar no bairro Paineiras em Garça, em fevereiro deste ano, deve ter desfecho no Tribunal do Júri. A decisão foi assinada nesta última terça-feira (24) e envolve João Paulo da Silva Estoque, acusado de matar a tiros Rogério Aparecido da Silva, de 36 anos.
A sentença de pronúncia – que trata da remessa do caso a júri popular – é uma das etapas do processo que pode levar à condenação. Decisão da juíza da 1ª Vara de Garça, Renata Lima Ribeiro Raia, aponta que estão cumpridos os requisitos para o julgamento.
A magistrada também manteve a prisão do réu, justificando que a liberdade de Estoque representaria risco à ordem pública. O homem responde por homicídio é qualificado, no caso, por ter usado recurso que dificultou a defesa da vítima. O processo inclui ainda o crime de porte ilegal de arma de fogo.
CRIME
Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), no dia do crime, após descer de um veículo escuro, João Paulo da Silva Estoque se aproximou da vítima, que estava sentada no portão do bar, na rua Guarantã, e proferiu a frase “eu te avisei”. Foram três disparos.
Um dos tiros atingiu Rogério já caído no chão, apontaram as investigações. Mesmo em estado grave, a vítima foi socorrida e lutou pela vida no Hospital das Clínicas (HC) de Marília, mas morreu três dias depois.
Testemunhas relataram que Rogério já havia tido um relacionamento, anteriormente, com a ex-mulher de João Paulo. Por isso, teve contato parental (como padrasto) com as filhas do acusado. Situações da convivência e supostas agressões da vítima às meninas teriam causado o início das brigas entre os dois.
Ainda não há data para o julgamento. Com a sentença de pronúncia, a defesa de João Paulo da Silva Estoque – que alega legítima defesa – ainda pode recorrer. Caso a decisão seja confirmada, a Justiça de Garça irá agendar a sessão do Tribunal do Júri. A pena para o crime de homicídio varia de 12 a 30 anos de reclusão.