Gripe prolongada é indício de quadro infeccioso, diz médica
A incidência dos quadros gripais aumenta consideravelmente nessa época do ano e, com o vírus da Covid-19 ainda em circulação, há muita dúvida a cerca dos quadros prolongados.
“Esse clima de outono, com muito choque térmico, calor/frio, favorece a incidência de infecções virais. Elas aumentam nessa época para qualquer idade, mas principalmente nas crianças e idosos”, explica a pneumologista Virgínia Catharin.
De acordo com a médica, como a cepa circulante da Covid desde o final do ano passado é a ômicron, que também dá um quadro semelhante à gripe – com coriza, espirro, dor de cabeça, dor de garganta -, é importante que se faça o teste toda vez que a pessoa tiver estes sintomas.
A pneumologista esclarece ainda que os vírus mais comuns da gripe em geral duram menos de uma semana, assim como a cepa circulante da Covid não costuma apresentar sintomas por um largo espaço de tempo.
O que acontece é que os quadros gripais podem dar sequência a uma infecção bacteriana. “Nós respiramos as bactérias que estão no ar, e elas podem pegar a traqueia, os brônquios e até mesmo evoluir para um quadro de pneumonia”, detalha.
Essa situação é comum no outono e inverno. “Eu tenho atendido muitos casos em que a pessoa começa com bastante tosse com secreção. A secreção quando tem uma coloração amarelada ou esverdeada indica pus, que indica que há infecção bacteriana”, conclui a pneumologista.