Greve continua e servidores fazem novo protesto
O segundo dia da greve dos servidores públicos municipais teve início com uma manifestação em frente à Prefeitura. As centenas de funcionários da educação, Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília), saúde, coleta de lixo, dentre outros setores, reivindicam reajuste salarial, melhores condições de trabalho e, acima de tudo, valorização da categoria. Para eles, a concessão de apenas 4,5% de reposição foi a gota d’água.
Segundo o presidente do Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Município de Marília), Mauro Cirino, “a greve foi incitada pelo Prefeito e alguns vereadores e não pelos servidores”.
Isso porque os funcionários municipais também reclamam da falta de investimentos no setor público e da falta de respeito da administração para com a categoria. Além disso, a fala de alguns vereadores da base governista, os quais criticaram a manifestação em favor da campanha salarial, motivou a greve.
Professores Municipais
Indignadas, professoras da rede municipal, que preferiram não se identificar, informaram à ONG Matra que o salário do magistério está defasado. Para ilustrar a situação foi explicado que em 1996 o salário base do professor era de R$ 495,06. Nessa época, o salário mínimo era R$ 112,00, portanto o professor recebia quase quatro salários e meio. O que chama a atenção é que em 1996, os funcionários públicos arcavam com somente R$ 6,90 de convênio médico.
Em 2015, a situação já é bastante diferente. Enquanto o salário base é de R$ 1.361,48, o salário mínimo está fixado em R$ 788,00, ou seja, os professores estão recebendo apenas 1,7 salários mínimos. Além disso, em média, a categoria tem pago R$ 172,00 de convênio médico.
Tempo indeterminado
Iniciada ontem, a greve se estenderá por tempo indeterminado. Porém, para não prejudicar o atendimento à população, 30% do serviços essenciais serão mantidos na cidade.
Fonte: Matra