Governo do Estado mantém Marília e região na fase laranja do Plano SP
O Governo do Estado manteve a região de Marília na fase laranja do Plano São Paulo, em reclassificação anunciada nesta sexta-feira (19) pelo governador João Doria (PSDB) e seus secretários.
A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) reservados para pacientes com Covid-19 na região vinha em queda, o que alimentou a esperança de um possível avanço para a fase amarela, ainda menos restritiva.
No entanto, desde o dia 10 de fevereiro a situação local voltou a piorar e saiu de uma ocupação de 72,11% para 74,4% – segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira.
A região de Sorocaba, segundo dados desta última reorganização estadual, é a que tem maior ocupação de leitos Covid-19 entre as classificadas na fase amarela, com 71,1% deles preenchidos.
“A reclassificação começa a valer a partir de segunda-feira, 22 de fevereiro. Assim, todos terão possibilidade de se preparar e organizar. Outras reclassificações poderão ocorrer na próxima semana, sempre com o objetivo de atender com mais precisão e rapidez, seja para evoluir ou regredir”, afirmou Doria.
Todas as regras do Plano SP estão detalhadas no site do governo estadual, clique aqui.
Região de Marília
A região de Marília registrou aumento nos casos de Covid-19, mortes pela doença e ocupação de leitos entre janeiro e fevereiro, em decorrência das festas de final de ano e foi necessário abrir mais leitos exclusivos, além do retorno temporário para a fase vermelha, mais restritiva.
No final de janeiro a ocupação regional chegou próximo de 88% – contando leitos SUS e particulares, segundo os dados oficiais levados em conta no Plano São Paulo.
Desde então esse patamar passou a cair paulatinamente, até chegar em 72,11% no dia 10 de fevereiro, o menor índice desde o dia 4 de janeiro.
Após quase um mês de quedas, no entanto, a ocupação regional voltou a subir, como mostrado acima.
Outras regiões
A piora nos índices de avanço do coronavírus no interior deixa as áreas de Araraquara, Barretos, Bauru e Presidente Prudente na fase vermelha, com restrição total de comércios e serviços não essenciais. Houve melhora nas regiões de Franca, que avança para a etapa laranja, e Sorocaba, que progride para a fase amarela.
As demais regiões permanecem sem alteração em relação à classificação atual, em vigor desde o último dia 6. Continuam na fase amarela a Grande São Paulo e as áreas de Araçatuba, Baixada Santista, Campinas e Registro. Na laranja, estão as regiões de Marília, Piracicaba, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Taubaté.
Todas as regiões em fase vermelha estão com ocupação de UTI para pacientes de Covid-19 acima de 80%. Na etapa de restrição máxima, só há funcionamento normal de farmácias, mercados, padarias, lojas de conveniência, bancas de jornal, postos de combustíveis, lavanderias e hotelaria. Já os comércios e serviços não essenciais só podem atender em esquema de retirada na porta, drive-thru e entregas por telefone ou aplicativos.
Municípios em áreas de fase amarela podem permitir 40% de ocupação em academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios e parques estaduais, com expediente de até dez horas diárias para restaurantes e 12 horas para as demais. O atendimento presencial deve ser encerrado às 22h em todos os setores. Nos bares, as portas fecham mais cedo, às 20h. Eventos que geram aglomeração, como festas, baladas e shows continuam proibidos.
Na etapa laranja, o funcionamento dos serviços não essenciais é limitado a até oito horas diárias, com atendimento presencial máximo de 40% da capacidade e encerramento às 20h. O consumo local em bares está totalmente proibido.
Com a reclassificação desta sexta, na fase amarela a venda de bebidas alcoólicas em lojas de conveniência e restaurantes passa a ser permitida por mais duas horas, das 6h às 22h. Nas etapas laranja e vermelha, permanece o limite entre 6h e 20h. Somente a partir da fase verde, a mais branda, é que essa comercialização poderá voltar a ser feita sem as restrições atuais.
“Todos os protocolos sanitários e de segurança para os setores econômicos devem ser cumpridos com rigor. Prefeituras que se recusam a seguir as normas estabelecidas pelo Governo do Estado ficam sujeitas a sanções judiciais”, diz texto enviado pelo Estado.
Dados da pandemia
Com os dados epidemiológicos semanais divulgados nesta sexta, a média estadual passou de 343,7 para 287,9 novos casos por 100 mil habitantes. A taxa de novas internações foi de 48,3 para 46,6 a cada 100 mil habitantes, e as novas mortes tiveram ligeira alta, de 7 para 7,3 por 100 mil habitantes.
A pressão sobre o sistema hospitalar teve leve recuo, mas ainda exige acompanhamento ininterrupto. A média estadual de ocupação de leitos de UTI por pacientes graves de Covid-19 caiu de 67,2% para 66,7%, com 20,2 vagas a cada 100 mil habitantes.