Alimentação fora de casa cresce 27,6% em Marília
Marília registrou um aumento de 27,6% no consumo de alimentos e bebidas fora de casa em 2022. É o que aponta o Estudo IPC Maps, feito pela IPC Marketing. O avanço da vacinação contra a Covid-19, com diminuição de casos da doença, pode explicar a retomada do setor. Apesar disso, o número de estabelecimentos que prestam este tipo de serviço em Marília registrou queda na região.
O crescimento no valor do potencial de consumo foi maior em Marília do que na região. Foram avaliados, em 2022, R$ 460,2 milhões nos estabelecimentos da cidade, o que significa aumento de 27,6% em relação ao ano anterior, quando o gasto atingiu R$ 360,5 milhões. Todas as classes apresentaram crescimento na análise.
Em Marília, a classe B foi a faixa social que mais usufruiu de serviços de bares, restaurantes e lanchonetes no ano passado. Dividida em B1 e B2 na pesquisa, a primeira despontou com crescimento de 48,8%, e a segunda 22,3%.
A classe A totalizou crescimento de 32,2%. Dividida em C1 e C2, a classe C apresentou alta de 20,3% e 26,2%, respectivamente. Juntas, as classes D e E tiveram aumento de 27,5%.
Na microrregião de Marília, o volume de consumo fora do lar cresceu 25,6%, de R$ 507,1 milhões para R$ 636,7 milhões.
O empresário Marcelo Diniz, proprietário de uma franquia em Marília, explica que houve um aumento no consumo em relação ao ano anterior por causa da flexibilização das medidas sanitárias, mas apesar disso, ainda não houve uma retomada ao patamar pré-pandemia.
“Eu acredito que o crescimento tenha sido de 15% em relação ao ano de 2021, mas ainda longe do que tínhamos até 2019. A economia como um todo ainda não teve um grande crescimento. Houve uma mudança de hábitos para muitas pessoas, que passaram a pedir marmitas. Acredito no crescimento, mas o setor de alimentação de mesa e cadeira, com entretenimento, ainda não se recuperou”, afirma o empresário.
Ao mesmo tempo em que o consumo cresceu, a quantidade de bares e restaurantes caiu. Entre 2021 e 2022, Marília perdeu 205 empresas do setor, quando passou de 2.703 unidades para 2.498, queda de 7,6%.
O estudo do IPC Maps apontou diminuição de 11,1% no número de empresas de alimentação na regional, com 444 estabelecimento a menos, com 4.009 em 2021 e 3.565 em 2022.
Diniz concorda com o levantamento que aponta a queda na quantidade de empresas. Ele cita o Festival Gastronômico Marília Convention & Visitors Bureau realizado antes e depois da pandemia, para ilustrar a realidade do setor em Marília.
“Algumas empresas que trabalharam com a gente no Festival Gastronômico antes da pandemia, já não existiam mais quando fizemos esse último, após o período crítico da pandemia”, conclui Marcelo Diniz.